Civilizações e Mistérios da Humanidade: Matriarcas e Patriarcas : idealização da Suma Inteligência Divina

Cristiano De Mari

O modernismo e o secularismo vêm hoje buscando a todo custo não só desafiar a Deus, mas criar aos poucos uma mentalidade contraditória ao natural dispor das realidades concebidas nessa dimensão a qual chamamos mundo, o mundo e as tradições humanas concretas. Mediante isso, debates afora acontecem a todo momento e o objetivo principal é entender se as pessoas concordam ou não com as mudanças, quais os rumos perigosos que isso pode tomar , se existem soluções ou ainda se é algo " naturalmente normal" devido à "evolução" da mentalidade humana.

Vejamos:

A família é a mais antiga instituição social criada pela humanidade. Quando os seres humanos começaram a se agrupar para facilitar a vida, eles buscavam os laços familiares para promover o agrupamento. Em seguida, as famílias foram crescendo e dando origem aos clãs. Nesse período, a humanidade ainda levava um estilo de vida nômade.

Com o sedentarismo, que foi a fixação das pessoas em locais estabelecidos, os clãs de famílias deram origem às tribos e, posteriormente, às cidades. A família passou a ser o laço de confiança para a procriação e a continuidade da espécie, além de garantir proteção e o compartilhamento da alimentação. Nesse período, criou-se um modelo de família patriarcal, baseado na chefia da família pelos pais, que eram casados com as mães. Hoje em dia, esse modelo patriarcal não é o único presente em nossa sociedade.

Originalmente, os escritos primitivos das origens, como bíblicos ou também nas narrativas mitológicas, fazem muita menção a figuras paternas centrais , figuras estas que deram origem a muitos povos, um exemplo muito comentado por exemplo é a figura de Abraão. Nas mitologias ( a mitologia é uma alegoria acerca de uma verdade inicial, por isso apresenta arquétipos primitivos e também enredo muitas vezes fantasioso, transita entre a verdade e a lenda. Temos as histórias dos deuses Titãs gregos por exemplo, nas figuras arquetípicas de Urano , Cronos, Jápetos ( Jafet grego) , todos eles figuras centrais paternais , posteriormente endeusadas. O que dizer também sobre Cam , Sem , Jafet, filhos de Noé, progenitores das raças humanas pós dilúvio, Nimrod, Assur e etc....Muitos destes também , tornaram-se com o tempo e a experiência reis , chefes e militares.

Isso não quer dizer que os outros os quais não tinham estes cargos não possuíam características de patriarcas muito pelo contrário, a diversidade de saberes humanos é muito complexa e diversa.

Todos estes indiscutivelmente, exerciam poder sobre suas tribos, seus clãs e famílias, isso é inegável perante a história, um fato consumado e atestado.

Patriarca, originalmente, era uma pessoa que exercia uma autoridade autocrática no papel de Pater Familias sobre uma família estendida. O sistema de governo de famílias pelo homem mais velho é denominado patriarcado. Ao morrer, podia ser substituído por um tio, filho ou mesmo irmão , o próximo em idade.

Também é fato que existiram sociedades primitivas em que o papel da mulher era o de autoridade máxima na tribo ou clã, elas eram chamadas de Grande-Mãe , atestado também pela arqueologia. Em muitas comunidades neolíticas da Anatólia e de regiões próximas ao Mediterrâneo foram encontradas estatuetas femininas de "Vênus" ( nome simbólico ) representando a deusa Gaia , a mãe Terra , a fertilidade , como também simbolizando as antigas matriarcas.

Estatuetas de Vênus

Nos tempos bíblicos, muitas foram as mulheres importantes até mesmo para a sociedade da época que era extremamente patriarcal, e tiveram êxito, como no caso de Ester de Susã, Rute, Lia , Raquel e tantas outras. Mesmo assim não desviaram suas características maternais, sua posição natural quanto ao caráter. Foram aguerridas sem perder a classe e nem as estruturas básicas do feminino contido nelas. Mesmo a rainha de Sabá que era de um reino africano rico e próspero e que esteve com o rei Salomão não perdeu seu valor, nem mesmo as candaces do Reino de Kush. Não é o poder que corrompe, mas a fragmentação e dissolução do caráter , ele pode contribuir sim , mas o ato de vigilância que o ser humano tem pode controlar os excessos.

Outras sim, durante a história tiveram papéis trocados, rebeldes , invertendo essa naturalidade, como Cleópatra, Jezabel, etc..

Matriarcas no sentido geral, são mulheres magnéticas, que entendem a mente masculina e têm uma proximidade muito alta com Deus e o Sagrado.

Ela é ultra feminina ( não confundir com feminismo e empoderamento), é adulta no sentido de maturidade não em questão de idade, bem resolvida, e essa relação muito apegada com a religiosidade, torna-a uma pessoa ciente do que é a palavra amor em todos os sentidos.

A Matriarca possui seis tipos de senso muito bem desenvolvidos que as outras mulheres não possuem. Sabe equilibrar as energias em sua vida, sabe quando se excedeu e quando está em falta com algo. Sabe do seu valor próprio e possui autoestima muito saudável.

Sim , ela é também magnética para o homem, não para qualquer homem , mas justamente para aqueles que tem características de patriarca ( não se encaixam aqui é óbvio os relapsos, preguiçosos, vil, sem caráter), o magnetismo dela não vem só da atração física, do caráter, da simpatia, do interesse mas também dessa relação íntima que ela tem pelo sagrado, que funciona como uma bússola para o homem. Essa energia feminina de ímã que atrai o homem patriarca é a sensibilidade feminina contida em todas as outras características, a capacidade de despertar nele ao mesmo tempo admiração e uma relação de confiança e segurança.

Este tipo de mulher possui a " Sutil arte de atrair que somente os patriarcas detectam" , porque o homem patriarca é maduro.

Mulheres que não tem essa característica costumam ser consideradas como " espartanas " devido seu excesso de fúria ou seja, características masculinas de domínio, de querer tomar a iniciativa , subjugar, controlar, igualar-se ao masculino e etc.... Isso não quer dizer que pode ou não pode, cada um é livre para fazer o que quiser, porém, o feminino tem sua própria característica e não precisa estar no mesmo patamar do masculino ou no pior dos casos no lugar do machismo. O feminino tem sim o seu próprio lugar de destaque e de beleza dentro da criação divina.

Também não quer dizer, que ela não pode assumir cargos de chefia, ou ser diretora de uma empresa e tantas outras situações. Em suma, quer dizer sim que vai contra a natureza primordial da criação dentro do ambiente familiar, as relações profissionais são outros quinhentos. Também não quer dizer que ela não deva opinar dentro do ambiente familiar. Os excessos são condenáveis sempre , assim como o excesso de severidade misturada com irracionalidade que muitos homens podem trazer para suas famílias , isto é, a falta de empatia em ouvir os outros para depois tomar decisões também é relevante.

Geralmente, mulheres de característica " espartana " tendem a afastar os patriarcas devido sua frieza, não é por que colocam medo neles por serem independentes ou resolvidas, nesse caso as matriarcas magnéticas também são tanto ou mais resolvidas que estas, mas conservam seus atributos de feminilidade primordiais e a sensibilidade é seu carro chefe.

As espartanas afastam os patriarcas porque elas se tornam insensíveis, apáticas, esse tipo de inércia causa o desinteresse contínuo. Claro, toda regra tem sua exceção, porém estatisticamente a realidade é essa mesmo.

O homem que não tem características de patriarca é excessivamente submisso e passivo mediante os desafios da sociedade.

A mulher não costuma ser passível, nem tem preguiça de lutar, não é isso, o que fere um pouco as características são as ideologias políticas que provocam uma deturpação no caráter primordial feminino, na mentalidade da maioria e este caráter está ultimamente sendo moldado e mutilado aos olhos da sociedade, do modismo ( não moda) , da modernidade em contradição aos valores milenares da tradição.

O que do homem atrai nas mulheres é a energia de fúria masculina, não confundir com agressividade, não está se referindo a isso, mas sim a questão do homem "caçador" num sentido primitivo , o provedor, protetor, com suas virtudes ( companheirismo, bom humor, compreensão), do guerreiro forte , inteligente, sagaz e principalmente temente a Deus. Para as mulheres matriarcas isso é um prato cheio, para as outras passam despercebidos.

Todos os patriarcas e matriarcas antigos, pelo menos até onde pude ler , aprender , assistir documentários, comparar , todos sem exceção possuem estas características bem afloradas citadas acima.Todos tiveram problemas em suas vidas, a caminhada do povo de Deus nem sempre é por caminhos verdejantes e pavimentados, mas de muita luta , superação, alegrias, quedas, recuperação.

A sociedade moderna promete muitas coisas, as facilidades estão a todo vapor, o efêmero também, o indiferente, o tempo passa rápido demais e as relações parecem obsoletas, o pouco caso reina em muitas situações. A desconfiguração da tradição e sim a perseguição a ela está transformando um amontoado de gente em mutantes , tanto no âmbito comportamental como social, alienados e com aquela impressão de que: " depois eu vejo o que eu faço " , literalmente. Existe uma onda de despreocupação muito grande principalmente no que se refere às questões de formação familiar, não que devemos estar sempre preocupados, ou estressados diariamente, não é esse tipo de preocupação, o ponto é que situações importantes, morais, éticas primordiais estão se perdendo cada vez mais e quase ninguém está se importando.

O legado do clã, da família, da tribo, da comunidade é e sempre será um modelo a ser seguido desde que haja coerência, compreensão e empatia entre os membros. E mesmo que milênios transcorram, ainda será esse o caminho , o baluarte correto da propagação das tradições, cultura e da própria raça humana. Não há nenhum outro meio, a humanidade só se renova a partir desse princípio, que é praticamente uma lei de ordem divina e universal.