sábado, 6 de abril de 2013

Fortaleza de Sacsayhuaman


          Localizado sobre uma colina íngreme, com vista para a cidade de Cuzco, dispõe de uma visão impressionante do vale para o sudeste.A Fortaleza de Sacsayhuaman [América do Sul] é um mistério ainda para a arqueologia. Quando Pizarro chegou no Peru, indagou aos incas se  eles haviam construído as estruturas.Eles apenas disseram que populações remotas há vários milênios tinham habitado nesse local.Esses povos,  nos quais se menciona na tradição do relato inca teriam tido contato com um rei civilizador endeusado; ou "deus" chamado Viracocha que é o correspondente de Quetzalcoatl para os astecas e Kukulkán para os maias.Teria ensinado a tecnologia empregada na construção do local.De fato as construções são impressionantes; o encaixe das pedras gigantes é algo fabuloso.Nem uma agulha consegue entrar no meio dos encaixes.Foram observados liguetas de metal que auxiliam para firmar as pedras umas às outras. Os incas apenas se apoderaram dessa construção, que estava abandonada há milênios.
           Ela repousa sobre uma montanha artificialmente nivelada, e consiste de três linhas externas de paredes gigantescas, 1.500 pés de comprimento e 54 m de largura, em torno de uma área pavimentada contendo uma estrutura de pedra circular acreditava ser um calendário solar. As ruínas também incluem um reservatório de água 500 mil litros, cisternas de armazenamento, rampas, cidadelas e câmaras subterrâneas.
Embora seja comumente referida como uma "fortaleza", os cronistas foram unânimes na opinião de que tinha uma reputação como uma Casa Real do sol.
              Muitas antigas estruturas megalíticas são associadas com corpos celestes como o sol, a lua e várias estrelas. Muitos Arqueólogos importantes atribuem isso às implicações mitológicas, mas pode ser que esses povos antigos eram tão avançados que sua arquitetura foi construído para corresponder a alinhamentos celestes !!!

Cristiano De Mari



Acima nas fotos: Impressionante grandeza dos blocos.Você acha que os incas ergueram essas construções? pouco provável, a não ser pelos "tradicionais" historiadores que encobrem certas verdades.Na última foto abaixo, vista aérea total do complexo.

TEMPLO DE DENDERA


O complexo do Templo de Dendera, localizado a cerca de 2,5 km a sudeste de Dendera é um dos templos mais bem preservados no Egito. A área utilizada para construção foi no Alto Egito, ao sul de Abydos. Todo o complexo abrange cerca de 40 mil metros quadrados e é cercado por um muro de tijolos de barro pesado fechado. Dendera era um local de capelas ou santuários desde o início da história do antigo Egito. Parece que faraó Pepi I 2250 a.C tem construído no local e existe evidência de um templo na 18ª dinastia 1500 a.C. Mas o mais antigo edifício existente no composto hoje é o Mammisi (pequena capela colada a um templo) levantada por Nectanebo II último dos faraós nativos 360-343 a.C. As características do complexo incluem:

* Templo de Háthor ( templo principal)
* Templo do nascimento de Isis
* Lago sagrado
* Sanatório
* Mammisi de Nectanebo II
* Basílica cristã
* Roman Mammisi
* Um santuário Barque
* Arcos de Domiciano e Trajano
* Quiosque romano

ZODÍACO DE DENDERA




Esta laje de arenito foi dedicada às deusas Háthor e Isis em Dendera. É parte do teto de uma das capelas desse templo onde está também a inscrição comemorativa da "ressurreição" de Osíris .
A abóbada do céu é representado por um disco, sustentado por quatro mulheres com espíritos de cabeças de falcão . Trinta e seis espíritos ou "decanos" em torno da circunferência simbolizam os 360 dias do ano egípcio. As constelações mostrados dentro do círculo incluem os signos do zodíaco, a maioria dos quais são representados quase como são hoje. Áries, Touro, Escorpião e Capricórnio, por exemplo, são facilmente reconhecíveis, enquanto outros correspondem a uma iconografia mais egípcia: Aquário é representado como Hapy, o deus da enchente do Nilo, derramando a água de dois vasos. As constelações do céu do norte, caracterizado no centro, incluem o Grande Urso (Ursa Maior), na forma de pata dianteira de um touro. A deusa hipopótamo, em frente Ursa Maior e a Ursa Menor, representa a constelação do Dragão.
Os cinco planetas que eram conhecidos naquela época estão associados com certos sinais do zodíaco: Vênus ("o deus da manhã") está por trás de Aquário, Júpiter ("Hórus, que revela o mistério") está perto de Câncer, Marte ("Hórus o Vermelho") está diretamente acima de Capricórnio. Mercúrio é chamado de "o inerte" e Saturno "Hórus, o Touro". Esta configuração especial dos planetas entre as constelações ocorre apenas uma vez a cada mil anos, um astrofísico tem datada entre 15 de Junho e 15 de Agosto de 50 a.C. Dois eclipses são representados exatamente onde eles ocorreram. O eclipse solar de 7 de Março 51 é retratada como a deusa Ísis segurando um babuíno (o deus Thot) por sua cauda, o que significa sua tentativa de parar a lua de esconder o sol. O eclipse lunar de 25 de Setembro 52 é representado por um “udjat” ( o olho de hórus duplo)  portanto dá  ideia de completude, porque um eclipse lunar só ocorre quando a lua está cheia.
O Zodíaco de Dendera foi transportado para a França em 1821, com a permissão do governante egípcio Mohamed Ali Pasha. É um dos monumentos mais famosos do Egito preservadas na França.
Ele deve ser interpretado como um mapa do céu, em vez de um horóscopo gigante ou uma ferramenta perpétua astrológica. No entanto, os egípcios acreditavam que certas constelações e decanos pode ter uma influência negativa sobre o seu destino ou de saúde. Este monumento reflete a maneira egípcia; os elementos culturais mescladas com os povos babilônico e grego; teorias astronômicas e astrológicas, como resultado das deportações judaicas pelos assírios e babilônios dos  séculos 8 e 6 a.C, e as invasões persas e gregos dos séculos 6 e 4 a.C.

Cristiano De Mari

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A ESCRITA FENÍCIA


                     Alfabeto fenício e seu correspondente em aramaico.Fonte: universotrade.blogspot.com


 Cristiano De Mari


RESUMO


O alfabeto fenício surge a aproximadamente 1500 a.C.,resultando em uma forma simples de escrita,que revolucionaria a antiguidade.Na história o homem sempre sentiu necessidade de registrar cenas do seu cotidiano e de sua imaginação ,através de pinturas rupestres, de caracteres pictográficos e ideográficos.Isso através dos séculos sofre um processo de evolução dos vários tipos de grafias até um sistema adequado de escrita que transmitisse ao leitor satisfação ao identificar nas palavras um valor de conotação mais significativo da idéia de quem escrevia.A simplificação dos caracteres pelos escribas fenícios também proporcionou agilidade ao escrever e melhorou o raciocínio.Assim o homem se beneficiou com este alfabeto, que se tornou comum quase em todo o mundo, tanto quanto os  algarismos arábicos seriam para a representação numérica.

Palavras-chave: Caracteres; Escrita fonética; Alfabeto latino.

1 INTRODUÇÃO

Para o homem antigo o processo que o levaria às primeiras formas de escrita, deu-se no momento que ele processou em seu cérebro o dom da fala, emitindo sons que expressassem uma idéia, um objeto, um símbolo, uma força da natureza, uma divindade.

É certo que para o homem a expressão da linguagem nunca fora um obstáculo.A maior dificuldade era sim, representar por sinais simbólicos as idéias abstratas ou não, para um registro com caracteres a serem escritos.


2 O SURGIMENTO DA ESCRITA

A escrita surge na Mesopotâmia a  4000 a. C., com o desenvolvimento dos pictogramas em ideogramas cuneiformes.Para se ter uma idéia de como os pictogramas eram grafados  por sinais particulares damos três exemplos: a palavra “homem” era representada por um sinal vertical; “mulher” era representada por um triângulo cortado verticalmente; duas flechas podiam indicar “batalha ou caça”.

Ao perpetuar esses sinais gráficos para a sua realidade mental-verbal, surgem os logogramas e ideogramas, representando palavras e idéias.Temos na escrita cuneiforme e nos hieróglifos egípcios essa combinação de ideogramas, pictogramas e algumas letras de forma alfabética.


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Assim, o processo de escrever tornava-se difícil, dados os inúmeros sinais empregados, na formulação de uma frase.Esses sinais, cerca de 3000 a.C., eram num total de 2000 caracteres que nos séculos seguintes foram se reduzindo chegando a 300.O sistema de escrita chinesa  chegou a contar com 40000 caracteres ideográficos.

Contudo a atividade de escrever não era somente restrita aos escribas, embora fosse exclusiva deles.Essa classe privilegiada servia tanto a reis como a sacerdotes.

Escavações arqueológicas em Ur, na antiga Caldéia, comprovaram a existência de escolas onde se aprendia leitura, escrita, aritmética, geografia, a mais de 2500 a.C.


3 A  ESCRITA FONÉTICA

Os fenícios e os hebreus foram os primeiros a  abandonar o sistema  picto-ideográfico  para o alfabeto fonético.

Quando o homem sentiu necessidade de fixar enunciados verbais com precisão, teve de desenvolver uma escrita específica.Não poderia utilizar uma notação pictográfica – que não é escrita propriamente dita – porque representa figurativamente objectos e cenas visuais; nem uma escrita ideográfica, que utiliza signos de origem pictográfica para representar idéias e sentimentos, e não palavras; era necessário dispor de um sistema de escrita baseada nos sons orais: os fonogramas.( Bacelar, 2007 )

O fonetismo aproximou, portanto, a escrita de sua função natural que é a de interpretar a língua falada, a língua oral, a língua considerada como som.Dessa forma o sinal se libertaria do objeto e a  linguagem readquiriria a sua verdadeira natureza que é oral.( WIKIPÉDIA, 2007)


4 OS FENÍCIOS

Os fenícios também chamados na Bíblia de sidônios, eram canaanitas e habitavam uma estreita faixa de terra no litoral da Palestina, onde hoje se localiza o Líbano.Suas principais cidades eram Tiro, Sídon e Biblos.

O nome fenício , deriva do grego “Φοινίκη Phoiníkē , que significa “ púrpura ou roxo”, devido a cor das roupas usadas por seus marinheiros.


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Como o seu território não era propício para a agricultura por causa do relevo, tornaram-se grandes navegadores e comerciantes, fundando várias colônias ao longo do Mar Mediterrâneo, que se transformaram em entrepostos comerciais.

Para isso necessitavam de uma forma de escrita mais prática e singular para controlar suas atividades comerciais.

5 O ALFABETO

Em 1929, um arqueólogo francês escavou em Ras Shamra, antiga cidade fenícia de Ugarit, várias tábuas cuneiformes onde apresentavam um alfabeto composto por 30 caracteres distintos, que mais tarde se desenvolveu no proto-alfabeto fenício constituído por  22 signos, todos consoantes.

Como as vogais não eram escritas, cabia ao leitor completar os vocábulos de acordo com o seu sentido.Desse modo, o nome da cidade de Ugarit  poderia ser grafado com as letras G R T.

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             Do mesmo modo os semitas seus vizinhos como arameus e hebreus não utilizavam vogais. Os hebreus   que eram  monoteístas grafavam o nome de DEUS  como “YHVH ” ou  no seu alfabeto ( *acima nas quatro letras) que era escrito da direita para a esquerda.Era considerado como o tetragrama sagrado.Só posteriormente os eruditos judeus mais conhecidos como massoretas acrescentaram vogais e aí teríamos " YAVEH ".

É certa a influência do alfabeto fenício  nas línguas semíticas como a árabe e a  judaica.
Os gregos que estavam sempre em contato com os fenícios, também por estarem ligados ao mar, tomaram conhecimento de seu alfabeto nas transações comerciais  e o  adaptaram  para a sua língua indo-européia, aperfeiçoando-o, passando a ser composto por 24 letras, entre vogais e consoantes.

Apartir do alfabeto grego surgiram outros, como o etrusco ( até hoje não decifrado) ; e o latino, que com a expansão do Império Romano, se impôs como língua universal em todas as suas províncias, e através da Idade Média se expandindo para todo o ocidente depois na era dos descobrimentos e do colonialismo em alguns países africanos a asiáticos.

Atualmente a maioria dos países do mundo utiliza esta forma de alfabeto.


6 CONCLUSÃO


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O homem do neolítico devia seguramente se expressar de alguma forma entre seus semelhantes sem problema nenhum ao realizar as tarefas coletivas do seu cotidiano, não sendo necessário uma forma de escrita, embora ele sempre foi capaz de se expressar por meio de pinturas e símbolos.

Como sua preocupação maior era a da sobrevivência, na busca de alimentos através da agricultura e na sua proteção edificando casas cada vez melhores, não se entretinham tanto em atividades intelectuais; eram mais práticos  e  procuravam um modo de viver simples.A erudição começa quando ele encontra tempo para se dedicar a essas atividades.E isso acontece com o surgimento das primeiras grandes civilizações.

A escrita  antes do surgimento do alfabeto fenício era basicamente pictográfica e ideográfica, no Oriente médio representada pela escrita cuneiforme e no norte da África  pela escrita hieroglífica.Eram consideradas as principais na sua época, ou seja, de uso social e intelectual.

O  surgimento do alfabeto fenício simplificou e deu mobilidade à escrita.Graças a essa mudança, saber ler e escrever tornou-se uma habilidade ao alcance de um número maior de pessoas.

É importante ressaltar que o alfabeto latino, derivado do fenício teve maior abrangência na Europa, na América, com as colônias inglesas, espanholas e portuguesas.No oriente ainda predominam  escritas ideográficas como a chinesa, japonesa, coreana, hindu ; e outros alfabetos de caracteres diferentes como o árabe; o judaico ; o cirílico, etc...


7 REFERÊNCIAS

BACELAR, JORGE.A linguagem e a escrita. Disponível em: <http://simaocc.home.sapo.pt/e-biblioteca/pdf/agraficas_texto1.pdf>.Acesso em: 31 out. 2007.

WIKIPEDIA.Fenícia.Disponível em:<http://pt.wikipedia.org>.Acesso em:03 nov. 2007.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A HISTÓRIA DA ÁFRICA E SUAS IMPLICAÇÕES NA CULTURA BRASILEIRA

Cristiano De Mari


RESUMO

O continente africano caracteriza-se pela diversidade cultural na imensidão de seu território. A História desse continente é rica e está intimamente ligada à História do Brasil. Os africanos, trazidos para nosso país como escravos, entre os séculos XVI e XIX, foram a mão-de-obra de  sustento de uma economia basicamente agrária.Enriqueceram também a cultura brasileira com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças e muito mais. Somente no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade com a assinatura da Lei Áurea (1888).Importante também é resgatar a história e a cultura dos povos que habitaram o continente africano.

Palavras-chave: Cultura; África ; Brasil.

1 INTRODUÇÃO
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.

2 A ÁFRICA PRÉ-COLONIAL

Nos tempos pré-coloniais, os povos da África estavam divididos em centenas de nacionalidades e grupos étnicos, com grande variedade no que se refere às dimensões e tipos de culturas e crenças.Em alguns casos, estados multiétnicos  - como a Etiópia no fim do século XIX e o império do Mali durante o século XIV -  reuniam vários povos sob uma única autoridade política central.Noutros casos , o étnico  estava circunscrito à unidade política, como o reino dos zulus, no sul da África durante o século XIX, e ainda haviam minorias étnicas onde muitas não passavam de aldeias e comunidades independentes.

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Geralmente os europeus designavam os grupos étnicos com o nome de tribos.Mas se formos analisar , no século XIX , a nação-Estado zulu,governada por um rei, tinha tanto de tribo quanto a Inglaterra de Henrique VIII, devido a organização e o contingente populacional.Existiam também nações européias com territórios e população menores que muitas das tidas “tribos africanas”.


3 CULTURAS , LÍNGUAS E POVOS

Uma maneira conseqüente e válida de classificar as sociedades consiste em diferenciá-las de acordo com a língua que falam.Na África são faladas mais de mil línguas; algumas delas utilizadas por milhões de pessoas, como o mandinga, o igbo, o iorubá e o hauçá no oeste; o suali no leste; o amhárico e o orono no chifre da África (Etiópia e Somália); o zulu e o sotha no sul; e predominantemente o árabe no norte.Todas estas são pertencentes a quatro grandes famílias lingüísticas: a níger-kordofaniana, a Khoisan, a afro-asiática(camito-semítica) e a nilo-sahariana.Dentre as minorias temos algumas línguas tribais de menor expressão, e também as línguas indo-européias usadas como segundo idioma em vários países africanos.
Durante milhares de anos vivem na África  pessoas de três tipos físicos originais:na faixa norte, viviam homens de pele escura ou amorenada, de estirpe semelhante aos estabelecidos junto ao mediterrâneo como os fenícios , líbios , numidas , egípcios, coptas, cartagineses e posteriormente mouros muçulmanos.Na África central e oriental, dominava o grupo dos “negróides”, ou seja, de pele tostada e negra e com cabelo crespo como os bantos, sudaneses, etíopes, núbios, quenianos, entre outros.Em boa parte do restante do continente encontravam-se os caçadores-coletores, conhecidos como bosquímanos e haviam também os pigmeus considerados os homens mais baixos do mundo.Com os conseqüentes deslocamentos essas etnias acabaram por se mesclar aumentando ainda mais a variedade étnica e cultural no continente.
A África é o berço de um leque diverso de culturas humanas.Freqüentemente  se consideram genuinamente africanas a música polirrítmica e a dança, acompanhadas sobretudo pelo som do tambor.Na verdade, mais parece se tratar de um traço cultural particularmente associado aos povos do Níger- Congo.Sua difusão está submetida ao fato de que os povos citados, de maneira especial os bantos, se estenderam por grande parte do continente, sem contar que sua influência na música e nos bailes populares do ocidente é resultado do tráfico de escravos africanos , a maioria procedente da região Níger-Congo, por obra dos europeus.Deixando de lado as regiões africanas onde são faladas línguas do ramo nigero-congolês, predominam também outros estilos musicais, com freqüência acompanhados por instrumentos de corda, assim como estilos de dança completamente diferentes.(MURRAY, 2007, pág. 28)

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Outro traço cultural difundido é a religião, baseada no culto aos antepassados, com rituais de xamanismo, magias, o culto aos orixás feito pelos iorubas, e ainda temos o islamismo no centro-norte da África e um antigo resquício da Igreja cristã etíope e copta.
A arte africana  é comunitária , de modo que a forma que as esculturas adotam é própria de cada um dos povos que as produziram.Vamos encontrar esculturas feitas de ferro, bronze, barro cozido, pedra, junco coberto de couro, representando variadas formas, figuras, bonecos, tamboretes, apoios de cabeça, bacias e principalmente as máscaras.


4 A ÁFRICA NA CULTURA BRASILEIRA
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.

5 CONCLUSÃO

A África é um continente a ser admirado e de grandes potencialidades. Cabe ao nativo africano resgatar essas potencialidades e tentar construir uma nova história para o futuro; que esta seja geradora de identidades na consciência da população africana e que esteja focada em um objetivo comum: mostrar para o mundo o belo continente que é, mesmo contrastando com a pobreza, miséria, fome e as lutas fratricidas que denigrem sua imagem.

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Esse resgate pode já estar ocorrendo, ademais; muitos são os africanos hoje interessados em perceber a exuberância cultural e as tradições dos antigos, mesmo que estas estejam sob uma visão tipicamente européia.
A cultura brasileira possui fortes traços da cultura africana.E não é por menos, foram quatro séculos de escravidão que tornaram a cultura africana no Brasil saliente, como podemos ver no nosso cotidiano.A presença marcante do africano ajudou na composição étnica brasileira, onde em muitas regiões observa-se um povo altamente miscigenado e culturalmente diferenciado.
Portanto é imprescindível estudar a história da África, assim como estudamos a história européia por ter nos dado legados importantes.Porém não devemos esquecê-la  uma vez  que  também junto com a história do indígena brasileiro somos parte da fusão de três povos, três culturas diferentes; o típico povo  brasileiro.

6 REFERÊNCIAS.

MURRAY, Jocelyn.África: o despertar de um continente.Edição Brasil.Editora Folio, 2007.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Era das inquietações


" Era de muitas informações , mas também de alienadas compreensões,
Era de múltiplas relações , porém mascaradas nas suas frias ações;
Era de sentimentos em constante vibração, mas de inseguras franqueza e compaixão;
Era de relativas verdades, que acabam se convulsionando em desrespeito e confusão;
Era de muitas recreações , mas por incrível que pareça de parca integração;
Era em constantes e acirradas questões, mas de pouca e satisfatória conclusão,
Era da "indiscutível" certeza em dizer: "tenho direitos e razões" ; mas esquecer dos deveres e obrigações!
Era de supremos pedidos de socorro e atenção , mas de paupérrima gratidão;
Era de riqueza material e egocentrismo, porém convivências formadas em vão e cinismo;
Era das .......... inquietações !!!
Deixamos de olhar a transparência e a essência do Ser, para nos ludibriar na imagem retorcida, opaca e isolada do Ter.
O fundamento precioso que precisa ser vivido está sustentado na construção da simplicidade em refinadas  relações. De entender que se está sempre a aprender algo, que o fútil e o banal precisam ser ignorados, que as amizades sejam reais e recíprocas, que os medos não nos barrem e que sejam enfrentados sem compaixão.Que a verdade nos leve ainda um dia quem sabe, de volta à nossa condição.Que o ser humano inquieto redescubra seu potencial para o bem, cada qual com suas particularidades; e o seu lugar na engenhosa obra da Suprema Criação por Deus um dia realizada! "

Autor : Cristiano De Mari

terça-feira, 2 de abril de 2013

Roma e Cristandade

Cristiano De Mari

Roma não foi o maior império em extensão, mas com certeza foi o maior em legado e tempo de duração.Legado este, não somente original do povo latino, mas uma fusão de culturas: latina, itálica, etrusca, grega ,etc...A filosofia, arquitetura ,arte, democracia, medicina, engenharia militar e direito entre outras ciências; foram bem aproveitadas e passadas às gerações seguintes.Foi derrotada sim, muito mais pelo desleixo e soberba de seu povo que em certa época da antiguidade não soube conservar e zelar pelos princípios verdadeiros de outros grandes nomes que contribuíram para a sua construção histórica.Surge um grupo na era cristã , discípulos do divino mestre Jesus.Aos poucos foram pregando e ensinando no coração e nos confins do império ; conquistaram adeptos e cresceram com os séculos tornando-se uma nação de pessoas de fé.Roma adotou a religião cristã e com isso ficaram também mais sensíveis e mais humanos, sentimento este vivenciado pelo ensinamento do evangelho, na pregação da paz e do amor. Roma caiu sim , mas não caiu a esperança por um mundo melhor. Viva o legado de Roma e viva muito mais os Cristãos! Nossos antepassados se vestiam com esses paramentos:

A Mentalidade Cristã na veracidade do texto biblico !

Autor: Cristiano De Mari

Quando analisamos em algum texto bíblico a relação entre DEUS e os homens, na tradição judaica em que foram escritos, percebemos que DEUS recebe denominações diferentes, qualificativas.Conforme os acontecimentos se desenrolavam no tempo, mediante o momento histórico, o modo de vida , as causas inesperadas de um evento, essas atribuições iam aparecendo entre as tribos como um meio de interpretação para diversos fenômenos que presenciavam, ou também para designar algo transcendente com o qual toda uma tradição foi formada. Lá DEUS é denominado com os atributos de pai, criador, DEUS dos exércitos, rei , etc...Muitas vezes se apresenta como um DEUS ciumento, vingativo, que castiga , que abençoa, que promete o melhor, segundo o comportamento do ser humano, se é bom ou mau; se é obediente ou transgressor. Na mentalidade semítica tudo o que acontecia de errado, de negativo era entendido como um alerta de DEUS para a conversão do povo.Do mesmo modo as bênçãos eram entendidas como resultado de boas ações praticadas mediante a observância da lei. Para o hebreu ou judeu, dentro de seu contexto histórico-cultural a que estavam inseridos, o importante para eles eram as manifestações de DEUS por meio de SUAS obras e intervenções; a praticidade no dia-a-dia e as relações entre as comunidades.Não possuíam um espírito questionador.Não se perguntavam sobre o porquê das coisas existirem, dos processos com os quais subsistem e das origens do mundo criado sem atribuir a uma força maior.Eram práticos, não se preocupando em adornar seus utensílios, mas davam importância à sua utilidade.A sua escrita era limitada tanto em caracteres como em elementos de sintaxe e apresentava poucos termos de abstração.Procuravam formas simples de comunicação que evitassem principalmente nos textos sagrados certas ambigüidades e más interpretações, que poderiam colocar em discussão a validade dos mesmos.Eram pessoas de fé extrema. Por isso no mundo físico qualquer manifestação anormal da natureza era compreendida como manifestação de DEUS.E de certa forma era ; como veremos mais adiante.[1]Sendo que viviam em uma época desprovida do conhecimento científico, se compararmos com o que temos na atualidade,nas suas comunidades ou tribos predominava o que chamamos de conhecimento baseado pelo senso comum, ou seja toda uma tradição, de olhar o mundo característica de sua cultura, das experiências vivenciadas entre si, acumuladas durante gerações.Contrastando com a nossa cultura cristã atual, podemos distinguir as características que o cristianismo herdou da mentalidade judaica e o que incrementou da mentalidade helenística. Ainda que muitos autores insistem em proclamar que a origem da filosofia não se deu na Grécia, mas no Oriente, principalmente entre os hindus e chineses; foi sem dúvida com os gregos que ela alcançou o seu caráter ou estágio mais puro.Com os gregos a filosofia buscou interpretar as causas e as relações do mundo físico e visível mediante um olhar mais crítico e científico, abandonando totalmente qualquer relação mitológica. Enquanto o judeu escutava, absorvia o conhecimento de toda uma tradição sem questionar.O grego por sua vez, observava de modo contemplativo a natureza à sua volta e se questiona atraído pela noção do belo, tentando procurar a origem de tudo o que vê e sente.Tudo isso na mentalidade grega-cristã da Igreja primitiva representava um caráter de admiração,de adoração, de respeito ao DEUS que cria e permite pela sua infinita sabedoria, ainda que de forma limitada ao homem, reconhecer o seu criador por meio da beleza e ordem das coisas criadas. Desse modo passa-se a investigar a natureza e a desvendar as leis que regem os diferentes estados de matéria no universo. Por causa disso é que muitas vezes na época em que foram escritos os textos bíblicos e até anteriormente na fase da transmissão oral, os judeus não conseguiam fazer qualquer relação entre os acontecimentos imprevistos às manifestações da natureza sem mencionar o “dedo divino”.Existiam coisas que aconteciam por simples manifestações de acordo com a própria natureza.[1]Sabemos e aprendemos na cultura cristã que DEUS se manifesta utilizando-se também das leis naturais que criou, com as quais incumbiu que “zelassem” pela harmonia de todos os seres e elementos do universo.Portanto há uma ordem, há um propósito, não estão aí por acaso, mas para uma boa causa. Não devemos esquecer também que DEUS interage na história segundo o seu propósito. ELE pode sim ignorar as leis naturais e proporcionar fenômenos sobrenaturais, os quais conhecemos por milagres (aparições marianas,milagres eucarísticos, corpos incorruptíveis).Essa manifestação do poder divino acontece para que os homens dêem testemunho de sua fé, aumentando-a; convidando para que possam transmitir às pessoas que o procuram; ainda que ; de forma errônea ou superficial, o seu verdadeiro propósito, o seu verdadeiro plano para com a humanidade.Podemos dizer que DEUS se manifesta tanto pelas coisas prodigiosas (milagres) como pelas coisas aparentemente naturais, pequenas e simples. Não é cabível portanto interpretar que toda manifestação de DEUS no Antigo Testamento tenha sido de caráter totalmente natural.É óbvio que certos relatos catastróficos foram contados nos textos bíblicos querendo mostrar para as gerações presentes da época a sua mensagem central , quer seja ela moral ou religiosa, fruto de um contexto cultural ambientado em épocas diferentes, com um outro olhar sobre o mundo.Também divergências textuais ocorreram no momento em que a tradição oral, transmitida de geração em geração, foi escrita com o intuito de salvar os costumes nos momentos da história em que o povo esteve disperso, e para afirmar a identidade judaica.Existem também estas relações. Porém no que concerne aos mitos relatados no A.T. ,devemos ter cautela, pois tratam de acontecimentos de tempos imemoriais, distantes, que não são falsos, mas que por isso recebem a distinção de mito,pois acredita-se que receberam influências dos mitos da criação mesopotâmicos e certamente por ser quase impossível atestar sua veracidade por meio de métodos científicos, não impedindo que se suspeite a respeito.Se não podemos prová-los, também não podemos refutá-los, pois no relato bíblico estão ali escritos de forma simples para que o povo antigo entendesse , poupando detalhes que com certeza existiram, o que demonstra que; por exemplo; nos relatos do gênesis a mensagem é muito mais instrutiva do que científica e histórica. É nessa situação que recorremos a fé, ainda mais que sabemos que pelo mundo todo, culturas de diversas etnias e de épocas diferentes, preservaram ou preservam relatos sobre a criação do mundo, do homem, do dilúvio, mesmo que de forma distorcida devido ao tempo e pelas tradições culturais.Não são raros os casos em que culturas que estiveram por períodos longos de tempo separadas em continentes diferentes (europeus,nativos americanos, polinésios) apresentassem relatos parecidos. De qualquer maneira a cultura cristã está imbuída de elementos da mentalidade judaica relatada no Antigo Testamento e da grega comentada no Novo Testamento.Da judaica herdamos a fé em toda a sua essência, que dá um significado para as coisas que a ciência não consegue explicar.Da grega herdamos a razão para compreender os feitos do criador e assim passamos a adorá-LO ainda mais.Eis a junção, o equilíbrio entre a ciência e fé que nos dão uma dimensão maior do entendimento do universo.O trabalho dos monges medievais em copiar as escrituras sagradas e as obras dos filósofos gregos foi de extrema importância para a preservação dessa mentalidade.Aliada também à contribuição de grandes homens da escolástica que inspirados colocaram a sua sabedoria para relacionar as duas mentalidades e proporcionar um resultado harmonioso.A veracidade dos textos bíblicos é atestada pela sua canonicidade que através dos tempos o Espírito de DEUS inspirou homens sábios a selecionar e interpretar os escritos de forma séria, pois está dito no Eclesiástico: "O sábio investigará a sabedoria de todos os antigos, e fará o seu estudo nos profetas. Conservará no seu coração as instruções dos homens célebres, e penetrará também nas subtilezas das parábolas. Indagará o sentido oculto dos provérbios, e ocupar-se-á dos enigmas das parábolas” (Ecl. 39, 1-3).
 Considerações extras: 1- "Ainda que os semitas que habitavam na região sul da Mesopotâmia, estivessem sob influência da cultura da região que era repleta de mitos, nada impede que a sua tradição oral patriarcal tivesse sido formada por elementos próprios semíticos que procuraram ser fiéis a história original , da qual não se duvida.Aliás por que será que os hebreus foram escolhidos por DEUS para dar início a grande meta de revelar o Senhor a todos os povos? Será que não é porque tivessem alguma noção da natureza do DEUS único, diferente de todos os outros povos da Terra?"

 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ARENS, Eduardo.A bíblia sem mitos.3ª edição.São Paulo: Paulus, 2007

Falange


Falange Macedônica, o exército de Alexandre.Com lanças de até 5 metros de comprimento destroçaram vários exércitos do oriente, conquistando regiões desconhecidas pelos europeus até então.Foram superadas apenas pelo exército romano em termos de tecnologia militar e profissionalismo.Foram o terror de persas, egípcios, tribos iranianas, indianos; 330 a.C.

Cristiano De Mari

Maias ritual

Sacerdote Maia fazendo reverência a Kukulkán ( o sol) , deus pagão de seu panteão divino!Também reverenciado pelos Astecas sob o nome de Quetzalcoatl ( a serpente emplumada ) deuses estrangeiros que segundo suas mitologias teriam lhes passado conhecimento, tecnologias, sabedorias em um tempo arcaico.Teriam ensinado segundo algumas fontes mandamentos de amor ao próximo e de paz.Quando foram expulsos daquelas terras as civilizações iniciaram uma queda brusca em direção à barbárie, instituindo em seus cultos religiosos , práticas de sacrifícios humanos, rituais estranhos à seres imaginários da selva, encantamentos, ritos de xamanismo.

Cristiano De Mari

Roma na África

Cristiano De Mari
Roma conquista Cartago 150-146 a.C.Cidade de origem fenícia , situada no norte da África precisamente na atual Tunísia.Cartago era uma potência econômica e militar assim como Roma. Preconizaram 3 guerras Púnicas, sendo que nesta última os romanos venceram e a destruíram severamente.Sob o comando do general romano Cipião as legiões fazem um cerco e quando entram aniquilam seus habitantes, animais; queimam suas casas e espalham sal em todo solo. Cipião é homenageado na letra do hino da Itália.

Pedras de Ica

A partir de 1930, o pai do Dr. Javier Cabrera, Antropólogo Cultural de Ica, Peru, descobriu várias centenas de pedras funerárias cerimoniais nos túmulos dos antigos incas. Dr. Cabrera, continuando o trabalho de seu pai, já recolheu mais de 1.100 dessas pedras andesito, que são estimados entre 500 e 1.500 anos de idade e se tornaram conhecidos coletivamente como Pedras de Ica. As gravuras das pedras mostram alguns ídolos de imagem e outras retratam práticas como cirurgia de coração aberto e transplantes de cérebro. As gravuras mais surpreendentes, entretanto, claramente representam dinossauros - brontossauros, triceratops (ver foto), Stegosaurus e pterossauros. Embora os céticos consideram as pedras de Ica uma farsa, sua autenticidade ainda não foi provada ou refutada. O que você acha?

Cristiano De Mari

"Extraterrestres" ou Anjos caídos?

Estes desenhos foram encontrados em uma caverna antiga no Tassili, Deserto do Saara, norte da África e que datam de 6000 a.C! Observe o disco no céu na imagem do lado esquerdo. O que seria essa imagem ? Quem é este ser?Pinturas como estas existem por todos os cantos do planeta. Desde a mais remota antiguidade os homens vêm observando certos fenômenos no céu.Alguns respondem como sendo manifestações primitivas de contatos extraterrestres com discos voadores, e os desenhos antigos desses seres são na maioria das vezes parecidos com os relatos atuais de quem teve a experiência de vê-los. Outro fato porém é levado em conta sobre uma teoria onde segundo muitos afirmam serem manifestações espirituais de "seres caídos" na verdade anjos caídos que perderam seu lugar na corte celestial após a queda de lúcifer e dos anjos rebeldes no início da criação do universo.Seres enganadores que se travestem de seres de luz para enganar os eleitos, tementes a Deus.
E você, o que acha? Pesquise!

Autor: Cristiano De Mari

Mitologia da Mesoamérica


       A divindade Serpente Emplumada ( Quetzalcoatl )foi importante na arte e religião na maioria dos povos da Mesoamérica por cerca de 2.000 anos, desde a época pré-clássica até a conquista espanhola. Entre as Civilizações que adoravam a Serpente Emplumada incluia-se os miztecas, toltecas, astecas, que a adotaram do povo de Teotihuacan, e os maias com o nome de Kukulkán.
      Os astecas acreditavam que viviam sob o sol de Quetzalcoatl, o deus serpente emplumada, deus da criação, da aprendizagem e do vento. O sol se move levado por sua respiração. Quando os guerreiros morrem, suas almas se transformam em raras aves emplumadas e voam para o sol.
         Quetzalcoatl era o rei da Cidade dos Deuses. Era totalmente puro, inocente e bom. Nenhuma tarefa era humilde demais para ele. Ele até varria os caminhos para os deuses da chuva, para que eles pudessem chegar a fazer chover.
           Seu irmão esperto era Tezcatlipoca, o deus dos guerreiros, do céu noturno e do raio. Seu nome significa "espelho de fumaça" e vem do espelho mágico no qual ele podia ver tudo e ler o pensamento dos outros.
Tezcatlipoca ficava furioso com tanta bondade e perfeição de seu irmão. Com alguns amigos decidiu pregar uma peça em Quetzalcoatl e ransformá-lo em um velhaco preocupado apenas com seu prazer. "Vamos dar a ele um corpo e cabeça humanos", disse. E mostraram a Quetzalcoatl seus novos traços em um espelho de fumaça.
           Quando Quetzalcoatl olhou no espelho e viu sua face, foi possuído por todos os desejos terrenos que afligiam a humanidade. Gritou de horror. "Já não posso mais ser rei. Não posso aparecer assim diante do meu povo".
           Ele chamou o coiote Xolotl, o deus asteca da estrela da noite; seu nome significa "gêmeo", e muitas vezes ele é chamado de duplo de Quetzalcoatl. O coiote lhe fez um manto de plumas verdes, vermelhas e brancas do pássaro Quetzal. Também fez uma máscara turquesa, uma peruca e uma barba de penas azuis e vermelhas. Pintou de vermelho os lábios do rei, de amarelo sua testa e pintou seus dentes para que parecessem os de uma serpente. E assim Quetzalcoatl ficou disfarçado de serpente emplumada.
            Mas Tezcatlipoca tinha pensado em uma nova peça para pregar em seu irmão. Ofereceu-lhe vinho, dizendo que era uma poção para curar seu problema. Quetzalcoatl, que nunca havia bebido álcool antes, ficou bêbado. Quando já estava em estupor, Tezcatlipoca persuadiu-o a fazer amor com sua própria irmã, Quetzalpetatl.
        Quando Quetzalcoatl acordou, ficou amargamente envergonhado com o que tinha feito. "Este é um mau dia", disse e resolveu morrer. Quetzalcoatl ordenou a seus servos que fizessem uma caixa de pedra, e ficou dentro dela quatro dias. Depois se levantou e pediu aos servos para encher a caixa com todos os seus maiores tesouros e depois selá-la.
         Foi até o mar e lá colocou seu manto de plumas de Quetzal e sua máscara de turquesa. E pôs fogo em si mesmo e queimou até que só restassem cinzas na praia. Dessas cinzas, aves raras se levantaram e voaram para o céu.
       Quando Quetzalcoatl morreu, a aurora não se levantou por quatro dias, pois ele tinha descido para a terra dos mortos com seu duplo, Xolotl, para ver seu pai, Mictlantecuhtli. Ele disse a seu pai, o Senhor dos Mortos, "Vim buscar os preciosos ossos que o senhor tem aqui para povoar a Terra".
        E o Senhor dos Mortos respondeu: "Está bem".
      Quetzalcoatl e Xolotl pegaram os ossos preciosos e voltaram à terra dos vivos. Quando a aurora se levantou outra vez, Quetzalcoatl borrifou seu sangue sobre os ossos e deu-lhes vida. Os ossos se transformaram nas primeiras pessoas.
         Quetzalcoatl ensinou à Humanidade muitas coisas importantes. Ele encontrou o milho, que as formigas tinham escondido, e roubou um grão para dar ao povo que tinha criado para que eles pudessem cultivar seu próprio alimento.
        Ensinou-lhes a polir o jade, a tecer e a fazer mosaicos. O melhor de tudo, ensinou-lhes a medir o tempo e a entender as estrelas, e distribuiu o curso do ano e das estações.
         Finalmente, chegou o tempo de Quetzalcoatl deixar os humanos cuidarem-se de si mesmos. Quando a aurora surgiu, no céu apareceu a estrela Quetzalcoatl, que conhecemos como Vênus. Por essa razão, Quetzalcoatl é conhecido como o Senhor da Aurora. Alguns dizem que Quetzalcoatl partiu para o leste em uma jangada de serpentes e um dia retornará.Kukulcán era a versão maia do deus asteca Quetzalcóatl, a serpente emplumada.Para os maias "kukul" significa sagrado ou divino e "can" significa serpente.
         Para alguns pesquisadores este Deus (o mesmo Quetzalcoatl dos astecas) provém da cultura tolteca, para outros provém da cultura olmeca.Em todo caso sua origem é muito anterior aos maias e esta presente em toda a América Central.
          Entre os restos arqueológicos de Chichen Itza se lhe pode observar como uma serpente que desce nos vértices do edifício em forma de colunas de ar durante os dois solstícios. Foi uma deidade rapidamente assimilada pela aristocracia, apesar de que tenha se incorporado ao panteão maia em uma época tardia. Aparece como uma das divindades criadoras sob o nome de Gucumatz, e como deidade dos ventos com o nome de Ehecatl na esteira 19 de Ceibal. Em Chichen Itza foi conhecido como o "Estrela d'Alva".
           É a deidade que mais freqüentemente aparece nos manuscritos do Códice de Dresden e outros. Tem o nariz comprido e truncado, como o de um tapir, e nele se encontram todos e cada um dos signos de um deus dos elementos. Caminha sobre a água, maneja tochas ardentes e se senta na árvore cruciforme dos quatro ventos que com tanta freqüência aparece nos mitos americanos. Evidentemente é um deus do cultivo e herói, já que se lhe vê plantando milho, levando ferramentas e continuando uma viagem, feito com que estabelece sua conexão solar.

Cristiano De Mari

Fontes: http://nemdeusesnemastronautas.blogspot.com.br/2011/01/mito-azteca-serpente-emplumada.html

Assalto à Cartago

" Delenda Cartago est" ! Palavras do senador romano Catão o Antigo , referindo-se à urgência em destruir Cartago a maior rival de Roma até aquele momento! Acima na imagem,representação de Cartago em chamas 150 a 146 a.C., nas fotos menores, ferreiros cartagineses trabalhando e desenho da localização geográfica da antiga cidade no norte da África.

Cristiano De Mari

Tiahuanaco

Cristiano De Mari

Abaixo : Porta do Sol em Tiahuanaco - Bolívia. Antiga cidade que remonta à época pré-incaica.A origem de seus construtores ainda é um mistério.Alguns historiadores como Arthur Poznanski sugerem que é muito antiga , até mesmo antediluviana, +- 12000 a 10000 a. C., época que teriam acontecido cataclismos por todo planeta , seguidos de glaciações , tsunamis , chuvas torrenciais, atividade sísmica e vulcânica muito fortes.Ao lado, na mesma cidade, escultura em pedra da imagem do deus Viracocha considerado o civilizador dos ameríndios daquela região.