Nosso mundo é feito de átomos; a matéria
de nosso corpo e a de todos os outros elementos é constituída por trilhões
deles. Os átomos são constituídos de coisas ainda menores chamadas quarks,
prótons, nêutrons e elétrons. Os átomos, elétrons, quarks e também o fóton
(responsável pela propagação da luz), têm variações consideráveis de vez em
quando: nunca podemos saber exatamente onde estão. Não é por falta de
instrumentos potentes para a observação, mas existe uma lei da física, chamada
Princípio da Incerteza de Heisenberg, que diz que nunca saberemos onde os
elétrons de um átomo estão exatamente. Inclusive, somem de uma órbita atômica e
reaparecem em outra, como num teletransporte. Não dá para ver o caminho que seguiram
para ir de um lugar a outro, só sabemos que eles fazem isso.
No
mundo macroscópico, (que podemos ver a olho nu) os objetos que podemos
enxergar não necessitam da ajuda de lentes ou microscópios atômicos. Tudo o que
é maior do que um átomo está sujeito às leis da física que chamamos de Física Clássica. Quer dizer que sofrem
a atração da gravidade, as leis da inércia, ação e reação, e assim por diante.
A Física
Quântica lida com coisas extremamente pequenas, o mundo microscópico ou o
microuniverso. Ela surgiu, portanto como a tentativa de explicar a natureza
naquilo que ela tem de menor. Quando analisamos coisas menores que um átomo,
tudo muda e as regras da física clássica já não podem ser eficientes. Foi
preciso então encontrar e formular outras leis que se tornaram necessárias para
lidar com essa realidade, e também uma física totalmente nova, que ficou
conhecida como Física Quântica. Ainda hoje ela tem muitos pontos a serem
discutidos bem como também está ainda sob extrema especulação; ainda há muito
por desvendar. Alguns dos cientistas mais empenhados em estudar a teoria quântica no
século XX foram: Max Planck, Albert Einstein, Niels Bohr, Brougle, Werner
Heisenberg, Peter Higgs, Erwin Schrödinger e mais recentemente François Englert
e Leon Lederman entre outros.
Desde muito tempo questionamentos de
fora da esfera da ciência também procuraram respaldo nessa teoria a favor de
suas premissas dogmáticas. Um exemplo disso está no campo da filosofia e
teologia em que pensadores dessas áreas e de algumas instituições religiosas
buscam revelar e harmonizar ciência e fé validando de forma definitiva a
existência de Deus a partir do mundo físico quântico. Trata-se de uma nova
visão que pode responder a tais perguntas, com bases sólidas e utilizando
teorias muito bem consolidadas, não sendo algo absurdo crer nela.
Sabemos pela física quântica que
qualquer pensamento produz ondas psíquicas. Tudo o que existe não passa de
energia, qualquer matéria pode ser gerada se a energia acumulada estiver na
quantidade suficiente, sendo assim um simples pensamento gera uma onda
psíquica, e pode colapsar. Teorias de Einstein e Brougle, bem fundamentadas
dizem que energia produz massa; pensamentos são energia, logo também podem
produzir massa.
Obviamente, a energia necessária para se
produzir a matéria, por menor que seja é enorme, e para se materializar
qualquer objeto, por menor que este objeto seja, deve-se ter a capacidade de
gerar grandes ondas psíquicas. Claro que o ser humano por mais vontade psíquica que
tenha dificilmente irá produzir matéria ou algum objeto. Porém quanto à energia
psíquica emanada da fé em um Criador e do pensamento positivo podem produzir efeitos formidáveis, pode-se crescer na vida em todos os
quesitos, porque há energia empregada e ela modifica as propriedades vitais do
nosso corpo, de nossas células; dá-nos mais saúde, mais alegria, isso
comprovado pela ciência, assim como o pensamento negativo também pode atrair
coisas ruins porque a energia empregada é nociva aos outros e a nós mesmos.
Mas quanto maior o objeto, maior a
capacidade psíquica exigida, e esta consciência que gera grandes ondas
psíquicas responsáveis por ter dado origem ao nosso universo só pode ter vindo
de um Criador.
Se uma consciência superior tem a
capacidade de gerar nosso universo ela é necessariamente onipotente, sendo
assim, pode criar tudo. Esta consciência teria poder psíquico infinito, não
obedecendo a limitações de espaço-tempo. Estas são limitações da matéria,
assim, esta consciência sempre esteve presente e sempre estará, por natureza
seria onipotente, onipresente, como a energia está presente de forma material
em todos os lugares, além de onipresente também seria onisciente, estas seriam
algumas das definições físicas para explicar a natureza divina. O acaso não
poderia criar algo tão surpreendente, vibrante, organizado e principalmente com
leis de natureza física tão bem definidas como é o universo.
Quando falamos em criação do universo,
criar significa que não existia e passou a existir, nós não criamos nada,
apenas transformamos, se não existia nada e em um colapso inicial toda a
energia contida em nosso universo foi criada, não se pode negar a capacidade
que tal consciência teria.
Se ele já foi criado (se estamos aqui),
o que impede, por exemplo, de o mesmo voltar a se repetir é algo que o mantém
em ordem cósmica. Pela arquitetura de uma consciência superior, um novo
universo surgido dentro do nosso, por exemplo, seria um evento inviável, não
porque não o quisesse ou não fosse capaz de criá-lo, mas porque o nosso já fora
projetado a fim de evitar que ocorresse novamente, evitando novos colapsos.
Este é um tema passível de discussão, pois na realidade seriam leis naturais, e
mesmo assim elas podem variar dependendo de situações específicas, nas
exceções. Mas isso não impede delas terem sido arquitetadas. Se existe um
arquiteto, não é difícil de entender o porquê que certas leis são precisas e
invariáveis, já se o caos estivesse envolvido, o que garantiria a consistência
encontrada em tais leis. Por mais “explosivo” que nosso universo seja, por
incrível que pareça ele é estável, se tem uma nítida impressão de que as
“explosões” são controladas (Leis da Termodinâmica e o Princípio Antrópico), o
que também nos leva a crer que realmente foi arquitetado para ser estável mesmo
em casos de explosões. O universo tem uma tendência para o caos, e justamente
as leis físicas o impedem de entrar em tal desordem cósmica.
Ao criar o universo esta mesma
consciência já sabe o que vai acontecer no final dos tempos, porém o fim do
universo é inviável, pois a energia apenas se transforma, o correto seria dizer
“fim da transformação de energia”, que poderia inclusive ser transformada
novamente.
Em consideração desta afirmativa,
entende-se que a Consciência Suprema não teve problema algum ao determinar
inclusive as leis físicas às quais estamos submetidos, tais leis impossibilitam
os colapsos que possam gerar novos universos ou a destruição do que já existe .
Pode se deduzir que a existência desta consciência é a única explicação para
que nosso universo se mantenha estável e o motivo de obedecer a padrões, e até
mesmo por possuir leis naturais.
Baseando-se em fundamentação lógica e em
recentes descobertas nos últimos anos dentro da área da física moderna, a
procura pelo “Bóson” de Higgs
aparentemente pode ter “cessado”. Mas o que seria esse Bóson de Higgs? Seria uma energia em forma de onda, enquanto a
energia em forma de partícula material se chama “Férmion”. O bóson é responsável por conferir massa às partículas e
assim possibilitar o surgimento da matéria da qual todos nós surgimos. Por
estar na raiz de todo o universo a presumida descoberta deste bóson passou a
ser chamado de “Partícula de Deus”.
Os físicos o imaginam como um fluido viscoso finíssimo que preenche todo o
universo, semelhante ao éter de Aristóteles e da física clássica. Quando as
partículas elementares sem massa, puramente virtuais, tocam ou interagem com o
bóson de Higgs sofrem resistência, são freadas e atritadas, quando pressionadas
e consolidadas resultam no ganho de massa e peso. Essa massa é a que seria a
responsável por caracterizar e dar “vida” ao átomo. Sem este processo por
contatos a matéria no universo não existiria.
Na verdade isso reforça a ideia de um
“Grande Arquiteto”, pois surgem perguntas de: como se origina o bóson? De que
maneira aparece ou é criado? Se dissermos que o bóson de Higgs é a partícula de
Deus isto seria o meio pelo qual Deus traria à existência as partículas materiais
e assim todo o universo: um ato exclusivamente divino, teológico e
ontologicamente aceito. A partícula de
Deus nos mostra como se cria tudo o que nos é dado ver, revela como Deus fez
surgir o universo e o mundo. E esse ato não se encontra apenas no passado, mas
se realiza em cada momento e em todas as partes do universo e também em nós que
estamos à mercê desta partícula/bóson. Caso contrário tudo deixaria de ser,
seria o nada sem sentido algum.
REFERÊNCIAS:
O
Princípio Antrópico e o debate entre ciência e religião. Autor: John
Polkinghorne pdf arquivo.
O
Tao da Libertação: explorando a ecologia da transformação. Hathway M. e Boff L.
Idioma português , editora Vozes 2012.
http://arquitetosdaverdade.blogspot.com.br/2012/03/deus-pela-fisica-quantica.html
http://www.istoe.com.br/reportagens/2200_O+CIENTISTA+DE+DEUS