sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Babel e seus indícios factuais

Cristiano De Mari

1-Introdução

Uma das passagens mais intrigantes e surpreendentes de toda a Bíblia é a narrativa sobre a construção da cidade e Torre de Babel. Por muito tempo, essa mesma narrativa foi considerada um mito e motivo de desconfiança se porventura teria ocorrido. Membros de comunidades científicas céticos sempre colocaram em questão a existência da mesma, bem como de outros eventos bíblicos, atribuindo a eles um excesso de simbologias, minimizando os fatos ocorridos. Mas descobertas arqueológicas, linguísticas, tem ajudado e muito a entender melhor a narrativa bíblica demonstrando a veracidade de diversas histórias, dentre elas o episódio épico da Torre de Babel.

2-Contextualizando

Ao término do evento do Dilúvio, Deus ordena que o homem se espalhe e povoe a terra (Gen 9:7). Contrariando a ordem divina, aquela população, dos descendentes de Noé, resolveu se unificar, edificando uma cidade na planície de Sennar (Shúmer/Suméria). A cidade de Babel foi fundada por Nimrod, que também fundou as cidades de Ereck, Acad e Calné. Ele é um personagem bíblico descrito como o primeiro poderoso na terra, grande caçador perante o Senhor (Gen 10:8).



Segundo essa mesma narrativa, no mundo pós-diluviano, todos falavam uma mesma língua (Gen 11:1), muitos linguistas identificaram fragmentos dessa língua primitiva, que chamaram hipoteticamente de “Nostrático”, estando na origem dos idiomas indo-europeus (de Jafet filho de Noé), idiomas semitas (de Sem filho de Noé) e idiomas de origem camita (de Cam filho de Noé).





O Nostrático é uma família linguística hipotética e foi deduzida por Holger Pedersen no início do século XX. O termo cunhado pelo linguista seria a possível proto-língua antepassada comum de todas as famílias linguísticas: Desde Indo-europeias, Afro-Asiáticas, Altaicas, Cartevélica, Chukotko-Kamchatkana, Dené-Ienisseianas.Desde que a hipótese foi levantada no mundo científico, várias gerações de linguistas vêm tentando resolver o problema que ela criou. Ancestral também do Grego e do Hebraico, o Nostrático aponta em seu vocabulário para um modo de vida esquecido pelas duas culturas, mas cujas marcas não desapareceram de seu léxico. Falada no Mesolítico, quando a cultura da Pedra Lascada estava em transição para a Pedra Polida, essa língua acompanhou ainda em sua existência a transformação de uma economia de caça e coleta para uma economia agrícola e paulatinamente urbanizada.

Teoria da linguagem do Nostrático

Os descendentes dos filhos de Noé tornaram-se numerosos e planejaram fazer uma cidade e uma torre que atingisse os céus. Orgulhosos, os homens estavam decididos a construir um mundo para si mesmos, independentes de Deus. Imaginavam que sozinhos, por suas próprias ações e forças, poderiam atingir o céu e conquistar a felicidade completa, através  de suas ciências e técnicas, mesmo sem ligação com Deus. Sendo assim, movidos pelo sentimento de eternizar seus nomes e alcançar “a altura dos céus”, começaram um arrogante plano de construir a Torre de Babel, para evitar serem espalhados pela terra caso acontecesse novamente um dilúvio sobre a terra. E devido a essa desobediência, Deus “confundiu” a língua daquele povo e os espalhou pela face da terra, conforme seu propósito inicial:

“11 Naquele tempo toda a humanidade falava uma só língua. 2 Deslocando-se e espalhando-se em direção ao oriente, os homens descobriram uma planície na terra de Sinar e depressa a povoaram. 3 E começaram a falar em construir uma grande cidade, para o que fizeram tijolos de terra bem cozida, para servir de pedra de construção e usaram alcatrão (betume) em vez de argamassa. 4 Depois eles disseram: “Vamos construir uma cidade com uma torre altíssima, que chegue até aos céus; dessa forma, o nosso nome será honrado por todos e jamais seremos dispersos pela face da Terra!”

5 O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que estavam a levantar. 6 “Vejamos se isto é o que eles já são capazes de fazer; sendo um só povo, com uma só língua, não haverá limites para tudo o que ousarem fazer. 7 Vamos descer e fazer com que a língua deles comece a diferenciar-se, de forma que uns não entendam os outros.”

8 E foi dessa forma que o Senhor os espalhou sobre toda a face da Terra, tendo cessado a construção daquela cidade. 9 Por isso, ficou a chamar-se Babel, porque foi ali que o Senhor confundiu a língua dos homens e espalhou-os por toda a Terra.”

( https://www.biblegateway.com/passage/?search=G%C3%AAnesis%2011%3A1-9&version=OL )





3- Os Zigurates e a Babel real

Na futura região da Suméria e séculos depois por praticamente toda a Mesopotâmia junto aos templos das cidades, homenageando o seu deus patrono, foram construídas enormes torres em forma piramidal de base quadrada chamados de “Zigurates”. Erguidos em patamares, sendo que o patamar abaixo era sempre de maior área que o de cima, os zigurates eram para os sumérios como uma espécie de conexão entre o céu e a Terra. Como torre, e mais tarde como torre-templo, o zigurate se espalhou pela Babilônia, e se tornou uma representação característica de arquitetura eclesiástica (religiosa) na Mesopotâmia.

Ao todo, até hoje quase 30 zigurates foram descobertos na área da Mesopotâmia por arqueólogos. Muitos deles estão parcialmente preservados.

Um dos Zigurates mais famosos descobertos foi o “Etemenanki “, traduzido como o  “templo da fundação do Céu e da Terra” dedicado ao deus Marduk na cidade da Babilônia. Originalmente uma torre com sete andares, supostamente com 91 metros de altura. Atualmente dele restam apenas vestígios das suas fundações. É comum considerar que possivelmente inspirou a história bíblica da Torre de Babel.

Muitos estudiosos pensam ser este o Zigurate que estaria no local exato da antiga torre de Babel,   ou seja, no meu entender, uma obra iniciada séculos, milênios antes da própria fundação da cidade da Babilônia que deu-se entre 3000 a 2500 a.C. No relato bíblico, a torre de Babel é apresentada como um protótipo fracassado de uma tentativa de urbanização, de agregar homens e mulheres num mesmo local, sob as regras e ordens de um chefe-tirano (Nimrod,  filho de Cush) que não praticaria uma espécie de política voltada para o bem comum, antes sim usando de persuasão para o seu próprio ego dominador.

O resultado da ação de Deus contra os construtores no episódio da confusão das línguas foi sim retardar o desenvolvimento da urbanização na Mesopotâmia. Consequentemente, seria lógico deduzir que o evento registrado em Gênesis 11 ocorreu muito tempo antes, talvez séculos ou até alguns milênios antes do desenvolvimento real da urbanização na região, conforme atestado por registros arqueológicos na área mesopotâmica.

Assim , se trabalharmos com a hipótese de que o dilúvio bíblico teria acontecido em torno de 9.000 a 10.000 a.C , que são datas aproximadas para datar o Período Neolítico considerado como um ponto de partida ou de recomeço para as mais variadas formas de desenvolvimento humano, desde o surgimento da agricultura, domesticação de animais, construção de templos primitivos, vilas, organização tribal familiar, e etc..., então o evento da construção da cidade e torre de Babel teria se dado segundo algumas fontes não muito tempo após o dilúvio,  já na terceira geração após Noé, um bisneto seu chamado Nimrod , filho de Cush lidera este projeto ambicioso. A humanidade logo após o dilúvio concentrou-se primeiramente nas áreas próximas ao monte Ararat, migrando aos poucos para a Anatólia, depois para a Palestina e norte da Mesopotâmia. Logo em seguida, sendo atestado pelos achados arqueológicos das antigas culturas primitivas os agrupamentos humanos atingem o sul da Mesopotâmia.



Complementando então esta hipótese, o que eu quero salientar é que o local onde foi fundada a antiga Babilônia foi sim visitada muito tempo antes para uma tentativa de ocupação e fixação humana com anseios voltados para a urbanização, que mesmo fracassada foi retomada milênios mais tarde. Babel pode ter sido erigida no mesmo local da Babilônia ou num local muito próximo e talvez as suas ruínas estejam abaixo do Etemenanki ou de até outro Zigurate que foi construído posteriormente sobre a própria torre que originalmente ruiu e foi abandonada.

O desenvolvimento das instituições e do próprio surgimento do Estado pode ter ocorrido antes do início do período dinástico dos reis sumerianos, mas os registros escritos não estão disponíveis para nos informar sobre esses acontecimentos pois a escrita se desenvolveu no final do período de Uruk (3500 a 3100 a.C), por algum tempo limitando-se ao uso econômico básico.




4- O Período da cultura arqueológica de Ubaid

Além das informações arqueológicas discutidas, devemos também considerar a questão dos padrões de assentamento da povoação na Mesopotâmia. Levando isso em consideração, dentre vários outros, o período da cultura arqueológica de Ubaid (5000-3500) é o mais intrigante de todos. Ubaid é um local no sul da Mesopotâmia, a noroeste de Ur. Esse período testemunha os primeiros assentamentos ao sul da Mesopotâmia, com muitos dos locais sendo construídos em solo virgem. Os locais ao norte da Mesopotâmia de assentamentos anteriores (por exemplo, de Jarmo, Hassuna, Samarra, Halaf) parecem não continuar nesse período, embora as culturas Ubaid sejam atestadas de norte ao sul. Esse padrão sugere que o período Ubaid testemunhou a migração inicial do norte para o sul da Mesopotâmia, em notável concordância com Gênesis 11:2. Nissen descreveu os desenvolvimentos deste período no sul da Mesopotâmia e sugeriu uma causa para os eventos:

“Um período prolongado em que existiam apenas assentamentos individuais muito dispersos foi repentinamente seguido por uma fase em que a terra estava claramente tão densamente povoada que nada parecido havia sido visto mesmo no período que a antecedeu. Com a ajuda das informações do projeto de pesquisa Meteor, uma explicação para esse desenvolvimento na Babilônia agora é possível. A terra, que era imprópria para o assentamento devido ao alto nível do mar no Golfo ou à grande quantidade de água nos rios, a princípio abrigava apenas alguns sítios insulares, mas a partir do momento em que as águas começaram a baixar, ela estava propícia para uma habitação numa área mais extensa. Os resultados dos estudos do clima antigo e das mudanças na quantidade de água no sistema fluvial da Mesopotâmia e no Golfo agora nos apresentam uma imagem mais clara dos desenvolvimentos no sul da Babilônia. As alterações climáticas documentadas para meados do quarto milênio parecem ter cessado, num espaço de duzentos a trezentos anos. As cheias que regularmente cobriam grandes extensões de terra e drenado áreas tão vastas num período de tempo relativamente curto, particularmente em todo o sul, tornaram-se atraentes para novos assentamentos permanentes.

Os arqueólogos observaram que a característica mais marcante do período Ubaid é sua uniformidade. Comentários de Mellaart:

“Nunca antes uma única cultura foi capaz de influenciar uma área tão vasta, mesmo que apenas superficialmente. A distribuição da cerâmica, apesar de pequenas variações, é bastante uniforme. O principal sítio do período Ubaid é Eridu. Um dos relatos babilônicos da criação diz: “Todas as terras eram mar, então Eridu foi feito”. Parece ter existido uma muralha já nos seus primeiros tempos. Níveis mais antigos apresentam templos, embora nenhum se aproxime tanto do desenvolvimento arquitetônico de um zigurate. A divindade protetora de Eridu nos períodos sumérios era Enki, o deus astuto, conhecido por sua associação com as artes da civilização e por seus muitos encontros sexuais.

A menção da tecnologia de tijolos cozidos direciona nossa atenção principal para os períodos posteriores ao período Ubaid, mas Gênesis 11 pode abranger vários períodos, uma vez que, lá não está descrito realizações por períodos mas sim uma generalização dos eventos num único terxto. Em Gênesis 11:2, um grupo de pessoas é identificado como tendo viajado para a planície de Sennar para se estabelecer. O grupo itinerante segundo essa teoria não seria necessariamente “de toda a terra” do versículo 1, mas talvez apenas os descendentes de Sem , uma vez que a genealogia de todos os filhos de Noé já foi tratada no capítulo 10.22 Esperamos aqui um estreitamento do foco para linha de Sem. Nesse cenário, um grande grupo de semitas migrou para o sudeste e se estabeleceu na Suméria. O texto não exigiria que nem mesmo todos os semitas estivessem lá. O período de tempo que o texto cobre não é mencionado.

A migração geral e que teria acontecido de fato muito tempo depois da tentativa fracassada de Babel parece ser entendida como tendo ocorrido no período de Ubaid, durante o qual o sul da Mesopotâmia começou a ser colonizado. Então, a decisão de empreender um projeto maior de urbanização já depois com a população de linguagem variada pode ter ocorrido no final do quarto milênio, talvez durante o final do período Uruk, ou talvez ainda no período Jamdet Nasr, quando realmente temos o início da tecnologia de tijolos cozidos. O projeto resultaria então na criação de diferentes línguas ; ou talvez representasse a diferenciação das línguas semíticas das sumérias. Seja qual for o caso, resultou na dispersão das pessoas por todo o Crescente Fértil.

Este cenário não exigiria que todos os grupos linguísticos fossem formados neste momento ou que todos os idiomas estivessem representados ali. Mas a partir desse início, a urbanização no sul da Mesopotâmia foi iniciada, incluindo o desenvolvimento da arquitetura zigurate e o pleno desenvolvimento do sistema religioso mesopotâmico que ela representava.

É interessante notar que a evidência arqueológica mostra uma clara disseminação da cultura babilônica em todo o antigo Oriente Próximo no final do período Uruk tardio e no período Jamdet Nasr. Isso é particularmente evidente na área de Zagros e na Síria. Nissen diz:

“ na área da Síria, agora encontramos outra variante. Em um desenvolvimento local completamente independente, foram fundados assentamentos individuais absolutamente idênticos aos que conhecemos da Babilônia e da Susiana, até o último fragmento de cerâmica do inventário. ...Não parece ter havido nenhum tráfego na direção oposta. Se, além disso, considerarmos que esses tipos de assentamentos estranhos estavam todos diretamente no Eufrates ou em seus afluentes, parece haver uma explicação relativamente simples para toda a situação. Provavelmente estamos lidando aqui com assentamentos de pessoas que vieram diretamente das planícies do sul.”




5-Mais evidências arqueológicas

Em 1872, George Smith, pesquisador do Museu Britânico, descobriu um tablete cuneiforme que trazia o seguinte relato acerca da edificação de um zigurate que provavelmente poderia ser a torre erguida por Nimrod:

“A edificação desta torre ofendeu todos os deuses. Numa noite, eles [deitaram abaixo] o que o homem havia construído e impediram o seu progresso. Eles [os construtores] foram espalhados e sua língua se tornou estranha.”

Novamente a arqueologia encontrou uma evidência do relato bíblico, dessa vez da confusão das línguas ocorrida em Babel. Mesmo apesar de alguns críticos se levantarem contra as conclusões, especialistas como E. A. Speiser e S. N. Kramer, da Universidade da Pensilvânia, após estudarem profundamente os tabletes, concluíram que a narrativa da torre de Babel “tem uma demonstrável fonte na literatura cuneiforme”.

Um outro fragmento de tablete foi descoberto posteriormente, contendo 27 linhas. Quem o copiou e traduziu foi o assiriólogo de Oxford, Oliver Gurney. O texto é parte de uma carta endereçada ao “senhor de Arrata”. O desconhecido remetente solicita ao rei que lhe permita ser seu vassalo, pois os tempos estavam muito difíceis. Ele, então, relembra ao monarca que houve uma era de ouro na Mesopotâmia em que havia “harmonia nos idiomas da Suméria” e “todo o universo, em uníssono [adorava] a Enlil em uma só língua…”

Interessante também notar, que muitos tijolos encontrados nos zigurates sumerianos são queimados e assentados com betume, justamente como a Bíblia descreve o processo de construção da torre em Gênesis 11:3.

Outras evidências também aparecem na arqueologia , mas como são tardias ao que considero como a época da construção de Babel, não as aponto como sendo desse relato. Embora muito semelhantes referem-se à construção de zigurates posteriores àquele período, em todo caso também vou mencionar:

*Na Estela de Ur Nammu, sugere-se a construção de uma torre templo (zigurate). O rei é visto carregando um cesto, ajudando o povo também no topo adorando o deus Lua.

Ur-Namu foi "pai de Sulgi   ", e o fundador da terceira dinastia de Ur ,  reinou de 2112 a 2095 a.C. Por volta de 2100 a.C., expulsou os povos Gutis e reunificou a região da Mesopotâmia que estava sob o controle dos acádios. Foi um rei enérgico, que construiu famosos Zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumério.

*O professor Andrew George, da Universidade de Londres, conseguiu decifrar uma tabuleta cuneiforme encontrada há mais de 100 anos atrás, que mostra figuras dos zigurates.
A imagem mostra a figura de um zigurate, uma torre babilônica e ao lado, o rei com um chapéu em forma de cone. O texto traz detalhes sobre a construção, encomendada pelo rei Nabucodonosor II. Este mesmo rei reinou entre 605 a 562 a.C.

“Ali se lê: ‘do Mar Superior, que é o Mediterrâneo, ao Mar Inferior, que é o Golfo Persa, das terras distantes e das pessoas em suas habitações, eu mobilizei para fazer este prédio'”, afirma George. ” A tabuleta comprova que a Torre de babel não é apenas uma passagem bíblica e sim uma torre que realmente existiu.”


6- Conclusão

As evidências factuais de Babel correspondem ao evento bíblico e podem ser situadas na história como reais. As ditas simbologias que são atribuídas por alguns pesquisadores aos fatos bíblicos antigos até podem ser contextualizadas desde que, se considere antes o registro factual ocorrido, o relato puro e sua originalidade; as simbologias são sempre criações e projeções humanas posteriores. Certamente há muito por ser escavado, analisado e desvendado nestes sítios arqueológicos e levando-se isso em consideração possibilitará a apresentação de mais elementos agregados a este tipo de narrativa.

Sempre que apoiada por descobertas arqueológicas convincentes as narrativas bíblicas podem nos fornecer um panorama histórico muito interessante. As estruturas construídas para alcançar os deuses e posterior confusão de línguas não é somente relatada nas Escrituras, mas também em outras culturas, como na própria Suméria. A narrativa da construção da torre de Babel não é uma invenção bíblica, possui fundamentação histórica que corresponde com as evidências conhecidas de até então.


Referências:

Extraído e adaptado de: SILVA, Rodrigo. Escavando a verdade p.72-76


https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/4233?locale=pt_BR


https://archive.archaeology.org/1103/letter/american_soldier_ur_iraq.html


https://www.biblegateway.com/passage/?search=G%C3%AAnesis%2011%3A1-9&version=OL

Michael David Coogan, Bruce Manning Metzger – The Oxford guide to people and places of the Bible-Oxford University Press (2004).