sábado, 18 de abril de 2020

Cataclismos , Dilúvios e Mistérios


Cristiano De Mari

        O mito da Atlântida, o povo de Atlas e de sua destruição, permaneceu na memória dos povos do Mediterrâneo como um cataclisma natural. No diálogo de Timeu e Crítias , o filósofo Platão procurou reconstruir essa “lenda” pegando reminiscências dos povos que viviam no litoral do Mediterrâneo e também dos egípcios. Esse relato-lenda nada mais é que um acontecimento verídico de um tempo imemorial , de uma catástrofe global ocasionada pelas forças da natureza no fim do Período Paleolítico e início do Neolítico entre 10000 a 12000 a.C, gerando terremotos, chuvas torrenciais, inundações, tsunamis, atividades vulcânicas fazendo perecer grandes multidões no mundo todo. Está relacionado também ao fim dos períodos das glaciações e a choques de asteroides.
Todo esse processo ocasionou o afundamento de grandes áreas de terra, bem como ilhas e continentes, Atlântida , Lemúria e Mu são algumas dessas áreas desaparecidas.
Na história bíblica conhecemos todo esse processo embutido nos relatos de Nóe e sua família que constroem uma arca para se salvar das águas do Dilúvio. Além deles , ninguém se salvou , pois a humanidade havia pecado em todos os sentidos, havia se degenerado atraindo a punição até eles.
Sim, Dilúvio , cataclismos , fim da Atlântida podem estar totalmente relacionados, se não na mesma época , mas muito próximos.
No começo do relato sobre Atlântida no livro Timeu, um sacerdote egípcio contou ao ateniense Sólon durante sua estadia no país em Sais detalhes dessa história magnífica:
 “ Sólon, Sólon, vós gregos sois sempre crianças. Um grego nunca é velho. Vós sois todos jovens no que a vossa alma respeita. Porque não guardais nela nenhuma opinião antiga precedente de uma velha tradição, também não tendes nenhuma ciência encanecida pelo tempo. E esta é a razão disso: os homens foram destruídos e o serão ainda de muitas maneiras........”
“Naquele tempo, era possível atravessar o Atlântico. Havia uma ilha diante do que vós chamais de Colunas de Hércules (hoje estreito de Gibraltar), maior em tamanho que o Egito e a Ásia juntos (Nessa época a Ásia não era conhecida totalmente, apenas era considerado Ásia a parte do Oriente Médio).E os viajantes daqueles tempos podiam passar desta ilha às demais ilhas, e destas últimas podiam ganhar todo o continente, na costa oposta deste mar que merecia realmente seu nome (Atlântico vem de Atlântida).Pois em um dos lados, dentro deste estreito que falamos, parece que não havia mais que um porto de boca muito fechada e que, do outro lado, para fora, existe este verdadeiro mar e a terra que o rodeia, a qual se pode chamar realmente um continente ( América) , no próprio sentido da palavra. Ora , pois nesta ilha Atlântida uns reis haviam formado um império grande e maravilhoso. Este império era senhor de toda a ilha e também de muitas outras ilhas e de partes do continente.Além disso, na parte vizinha a nós, possuíam a África e a Europa até a Etrúria.”
“ Porém no tempo subsequente, houve terríveis tremores de terra e cataclismos. Durante um dia e uma noite horríveis, todo o exército de Atenas foi tragado pela terra e desse modo a ilha Atlântida submergiu no mar e desapareceu. Eis porque , todavia hoje, este mar (Oceano Atlântico erroneamente) é difícil e inexplorável devido às suas profundidades baixas e lodosas que a ilha ao fundir-se deixou.”
É muito comum relato de navegadores antigos comentando sobre a dificuldade em navegar nessa região do Atlântico Norte na altura do que chamamos de Sargaços, uma parte do oceano que ficou por muito tempo lodosa dificultando a navegação.
O império atlante , segundo Platão era um arquipélago. Por coincidência podemos observar que no texto de Ezequiel capítulos 26 , 27 e 28 também se fala do arquipélago de Társis, associado biblicamente à Atlântida:
“ Agora estremecerão as ilhas ao dia de tua queda, sim, as ilhas que estão no mar se espantarão com teu êxito.”
“Todos os moradores das ilhas se maravilharão sobre ti e seus reis tremerão de espanto .”
“Eu pois tirei fogo do meio de ti, o qual te consumiu,...Farei subir sobre ti o abismo e as muitas águas te cobrirão.”
Muitas das lendas antigas sobre catástrofes estão associadas ao mistério de Atlântida.Depois dessa catástrofe subsistiram milhares de ilhas menores e uma delas teria sido Társis hoje desaparecida.

As histórias do dilúvio sobre cataclismos, afundamento de terras aparecem nas mitologias dos povos antigos em todas as partes do globo. Se esta história tanto do Dilúvio como Atlântida, Mu e Lemúria  aparecem em várias mitologia é porque não foi somente um fenômeno aplicado ao inconsciente coletivo mundial, não meus amigos, também deixou traumas e uma Terra bem molhada. Vejamos algumas tiradas da página “ Os grandes mistérios /dilúvio universal” , sendo que existem mais de 100 espalhadas pelo mundo todo:

1) Dilúvio Judaico-cristão

Segundo a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal, bem como a ele e sua família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os antediluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que duraria quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos.
Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cush, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel
Após o período diluviano, procura-se até os dias de hoje os restos da Arca, que segundo alguns historiadores realmente encontra-se no Monte Ararat. Mas não existe como precisar a localização, já que a região é bem acidentada, e vasta.

2) Dilúvio Sumério

O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utnapitshim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utnapitshim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utnapitshim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um trecho de tal história:

"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…) Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.)

3) Dilúvio Hindu

Nas escrituras védicas da Índia encontramos um rei chamado Svayambhuva Manu, que foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu (Matsya Avatar). Matsya arrastou o barco de Manu e lhe salvou da destruição.
Este aviso veio através de um peixe, que foi poupada da morte, que advertiu que se avizinhava um dilúvio de grandes proporções que destruiria a raça humana. Manu construiu uma nave e arrastou-a até o ponto mais alto, e foi assim que ele salvou-se da grande tragédia. Dessa forma ele, fez um sacrifício aos deuses, usando azeite e nata azeda, sobre as águas, de onde da mesma emergiu uma mulher  conhecida pelo nome de Filha de Manu, com o qual se uniu e deu início à nova geração da raça humana.

4) Dilúvio Grego

A mitologia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas.Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.

5) Dilúvio Mapuche

Nas tradições do povo Mapuche do centro-sul do Chile igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.

6) Dilúvio Pascuense

A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.

7) Dilúvio Maia

A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.

8) Dilúvio Asteca

No manuscrito asteca denominado como Código borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchitlicue.

9) Dilúvio Inca

Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram. A religião é um forte elo de ligação entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa(2001),:
 “Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40)”
 A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.

10) Dilúvio Uro

O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.

11) Dilúvio Chinês

Porém onde nos encontramos com uma figura sugestivamente paralela à de nosso bíblico Noé, é na China, onde a água sempre esteve em estreita relação com o nascimento da terra e o gênero humano. Foi o grande herói YÜ, o domador das águas, quem conseguiu que estas se retirassem para ornar, logrando assim que as terras ficassem aptas para o cultivo, contribuindo ao engrandecimento da população. Dos distintos relatos do dilúvio temos o de Fah-le, ocasionado pelo crescimento dos rios ao redor de 2.300 a.C. Mas a tradição mais extensa é a que tem a Nu-wah como protagonista, que se salvou junto com sua mulher, seus três filhos e as esposas destes em uma nave construída para eles e para dar capacidade e salvamento a um par de cada espécie animal que habitava a terra. Tão arraigada está a lenda de Nu-wah que hoje em dia é escrita a palavra "nave" em chinês, representada por uma barca com oito bocas dentro, aludindo aos oito navegantes que foram salvos da catástrofe. Também o Gênesis diz que Noé foi salvo juntamente com outras sete pessoas.



Referências:

A Reconstrução da Atlântida, ALVAREZ LOPEZ J. Editora Hemus, São Paulo , 2004.
Timeu e Crítias ou A Atlântida, PLATÃO. Editora Hemus, São Paulo, 1981.
https://sites.google.com/site/osgrandesmisterios/o-diluvio-universal


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Teoria da Correlação de Órion - Uma teoria Magnífica.

Cristiano De Mari


Se pesquisarmos encontraremos menções de que as três estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, do cinturão de Órion, assumem um lugar de destaque na astronomia em todas as culturas antigas. Aqui no Hemisfério Sul chamamos o cinturão de Três Marias, se você a observar no céu noturno ela aparece agora na posição do centro-oeste , pendendo mais ao poente.
O principal argumento da teoria da Correlação de Órion é que as três grandes pirâmides do planalto de Gizé, Quéops (Khufhu em egípcio) , Quéfren (Chephren)  e Miquerinos (Menkaure) estão alinhadas no chão imitando um padrão no céu semelhante a disposição das três estrelas que formam o cinturão de Órion.Porém, as três estrelas do cinturão de Órion estão em um ângulo que difere em alguns poucos graus aos que formam o alinhamento das três pirâmides de Gizé. Caso as mudanças precessionais no cinturão de Órion que vem ocorrendo ao longo dos séculos forem calculadas verifica-se que em algum momento da história essas três estrelas estavam alinhadas às pirâmides assim como em relação à Via Láctea por volta do ano 10.450 a.C. A teoria vem sendo bastante aceita ultimamente na comunidade científica mesmo sofrendo várias críticas infundadas.


Figura 1: 

Nesse desenho esquemático observa-se a mudança de posição da Constelação de Órion na passagem das eras devido à Precessão. Agora ela está como podem ver na posição de 60° nestes últimos 2000 anos!!!





      Por meio dessa mesma teoria , colaborada pelo pesquisador Graham Hancock e criada pelo pesquisador belga-egípcio Robert Bauval autor de vários livros sobre e em especial do livro: " Kepper of Genesis " (O guardião do Gênesis) é possível concluir que as pirâmides de Gizé não foram construídas pelos egípcios, mas por uma raça de humanos evoluídos numa época considerada "primitiva" , essa humanidade "primitiva" antiga mas não menos sapiente pode ser situada como anterior ao Período Neolítico, portanto antediluviana.
Por que digo isso? Porque foram achados monumentos, pirâmides submersas, sinais de cidades antigas e sociedades organizadas, tecnologia antiga perdida em todo mundo , tudo isso e muito mais em datas mais antigas que o surgimento dos próprios Sumérios e Egípcios entre 3000 - 4000 a.C. ou das culturas neolíticas de Samarra 6500 a.C.( no Oriente Médio) , Çatalhüyük (Turquia) 7500 a 8000 a.C. e  Harappa ( Índia) de 3000 anos já na Era Antiga.
Não é nenhuma aberração crer nisso, uma vez que muitas teorias que existem na ciência , na arqueologia e na história são passíveis de questionamentos , como por exemplo a teoria da evolução de Darwin.
O que os pesquisadores e historiadores dogmáticos em defender suas teorias e não a verdade fazem?
Escondem, engavetam vestígios quando não conseguem explicar e também porque podem colocar sua teoria em risco. Politicagem existe também na ciência infelizmente e na área do conhecimento, quantas coisas não nos são reveladas?
Pois bem, continuando. Por essa teoria, fica claro também que elas foram construídas muito antes das datas estabelecidas pela egiptologia moderna.Mas como Robert Bauval descobriu isso? com pesquisas nos lugares egípcios antigos e com um programa de computador chamado de Sky globe, onde mapeia-se o céu noturno , a posição das estrelas na época histórica desejada. O céu noturno por exemplo de 10.450 a.C. era diferente, me refiro à disposição das estrelas e das constelações no céu. Naquela época a constelação de Órion estava numa outra posição no céu, isso tudo ligado a um fenômeno que os antigos construtores megalíticos conheciam como Precessão dos Equinócios, um outro movimento que a Terra executa de forma pendular, circular e oblíqua que dura ciclos de 25770 anos passando por todas as Constelações do Zodíaco, ou seja desde Áries até Peixes.
Um outro exemplo segundo essa teoria que teve a colaboração do arqueólogo John Anthony West é que a Esfinge é muito mais antiga do que parece, o corpo de leão dela sustenta uma cabeça de faraó muito desproporcional ao restante do corpo, portanto irreal. Há indícios de que tenha sido construída em 10500 a.C , quando a cabeça original que era de leão estava direcionada ao horizonte contemplando no céu a constelação de mesmo nome.
A liturgia religiosa e cosmológica egípcia posterior do período dinástico tornou-se impregnada de elementos mitológicos e na crença de seres sobre-humanos com características animal e humana, eu expliquei uma vez num artigo as causas desse desvinculamento egípcio do monoteísmo primitivo.
Sim meus amigos, o Egito era monoteísta primitivamente falando. Na minha opinião o monoteísmo ( Crença num único Deus) é mais antigo que o politeísmo assim como atesta o livro de Gênesis na Bíblia e no Egito essa desvirtuação para o politeísmo aconteceu devido os sacerdotes egípcios não entenderem os atributos ou características de Deus, por um erro de tradução ou falta de entendimento, ou mesmo proposital. Eles nomearam os "neterus" , forma egípcia de falar os atributos do Deus invisível com nomes de vários deuses separadamente com cada um numa função específica, sejam eles Shu, Tefnut, Geb, Nun, Thot, Osíris, Ísis, Hórus, Hátor, Bast, Set, etc...
A liturgia egípcia a partir de então estaria essencialmente ligada ao cinturão de Órion, onde uma dessas estrelas seria, literalmente, para os egípcios, Osíris. Além disso, os egípcios tinham, desde aquela época, uma espécie de “relógio estelar."
A constelação de Órion vem sendo estudada no céu por numerosas culturas antigas há milhares de anos.Com base nas constelações e posição das estrelas, os antigos construíram monumentos fascinantes, calendários e observatórios que lhes permitiram seguir a posição das constelações e corpos celestes no céu.
Culturas antigas em todo o mundo acreditavam firmemente que vieram das estrelas, assim como divindades e “deuses” tinham vindo à terra dos céus.

                             Figura 2: "Procurai o que faz o sete-estrelo e o órion...." Amós 5:8.

Referências:
Livro: As digitais dos deuses, Graham Hancock.