terça-feira, 5 de março de 2024

Os Semitas : impérios e povos

 Cristiano De Mari

        Segundo a história bíblica, no livro de Gênesis, Sem foi um dos filhos de Noé, irmão de Cam e de Jafet. O texto bíblico informa que Noé, com a idade de quinhentos anos, gerou a Sem, Cam e Jafé.

Prosseguindo, o texto bíblico relata que Sem, com a idade de cem anos, gerou filhos, sendo o terceiro deles Arfaxad,  dois anos depois do dilúvio. Depois disso, ainda viveu mais quinhentos anos, sendo pai de muitos filhos e filhas, chegando aos seiscentos anos de vida. 

     Mais adiante tratarei de explicar a questão da grande longevidade desses patriarcas, se foi real mesmo ou se é algo ligado a um sentido figurado.

      Na época em que grandes reinos e impérios dominavam, como os egípcios, caldeus, babilônicos, persas, hititas e etc...e faziam do politeísmo ( crença em várias divindades) a sua direção espiritual, um clã surgido em Ur, uma família, a de Abraão continuava firme no propósito de crer em um único Deus. A fé monoteísta primordial desde criação do ser humano foi sendo esquecida e modificada para os politeísmos variados nos milênios seguintes ao grande cataclismo mundial chamado de " Dilúvio".

     Mas como aconteceu isso uma vez que Noé era temente a Deus e seus filhos também, como que a fé monoteísta foi sendo colocada de lado em detrimento aos politeísmos?  Passados muitos séculos e até milênios após o dilúvio muitos fatores influenciaram nisso como : erros teológicos que levaram a criação no imaginário humano de vários deuses, substituições do relato original por mitologias, a falta do Espírito Santo no homem, o endeusamento de personalidades importantes,  rituais de sacrifícios humanos e animais, pessoas que começaram a trabalhar espiritualmente com ocultismo, e o principal deles: a influência dos anjos caídos (demônios) e tantas outras práticas abomináveis a Deus.


       Foi por meio de Abraão, descendente de Arfaxad que vivia em Ur em meio aos Caldeus, que a semente geradora da verdadeira crença voltou a conquistar a alma humana.

      Um processo longo e penoso que duraria muitos séculos, mas que atingiria futuramente toda a humanidade culminando no evento da chegada de Jesus Cristo (também semita), sua vida e obras.Essa renovação da fé atinge todos os povos do mundo inclusive os chamados "gentios"  convertendo-os e tornando essa expressão máxima de fé conhecida mundialmente.

     O livro de Gênesis, em seu capítulo 10, versículo 30, diz que os descendentes de Sem teriam habitado uma vasta região no Oriente:


"E foi a sua habitação desde Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente."


    Contudo, essas regiões mencionadas não são devidamente identificadas pela geografia atual, sendo que uma interpretação do texto bíblico induz que tal localização poderia referir-se às terras que foram ocupadas pelos filhos de um descendente de Sem - Joctã.

     Quanto aos filhos de Sem, o Gênesis , em seu capítulo 10, menciona cinco nomes: Elam, Assur, Arfaxad, Lud e Aram.

    Sem é tradicionalmente considerado o ancestral do povo semita; religiosos e árabes se consideram filhos de Sem através de Arfaxad. 

      De Sem também surgiram grandes impérios e nações antigas como: Assírios, Acádios, Caldeus , Elamitas, Persas, Hicsos, Hebreus, Edomitas, Arameus, Árabes, Libaneses, etc....


Elam , semitas no planalto da Pérsia 



       O patriarca Elam em (Gênesis 10:22, Esdras 4:9), foi o filho mais velho de Sem, e neto de Noé. Este nome também é utilizado no idioma semita acadiano para referir-se ao antigo país de Elam, pátria dos elamitas onde hoje é o atual sul do Irã.

       Os Elamitas eram chamados de  "Halmati", tinham um império e capital na cidade de Susa ou Susã, onde que é agora o Irã moderno. A língua Elamita, no entanto, é uma língua não-semítica que tem sido controversamente agrupada com as línguas modernas dravídicas, em "Elamo-Dravídicas".Um ramo tribal de Elam gerou os persas, juntamente com descendentes de Madai, filho de Jafet.

       O povo hebreu acreditava ser descendente também de Elam, filho de Sem por meio de uma neta dele chamada Rasuaia. Isto implica que os elamitas eram considerados semitas pelos hebreus, apesar de sua língua não ser semítica, mas considerada como uma língua isolada. Esta categorização moderna não conflita com a bíblia hebraica, uma vez que ela sustenta que a diversidade dos idiomas humanos teriam se originado no episódio da Torre de Babel.

        O Livro dos Jubileus comenta sobre uma antiga tradição onde menciona em algumas versões uma filha de Elam chamada "Susan", cuja filha "Rasuaia" casou-se com Arfaxad, progenitor de outra ramificação Semítica, a dos Hebreus. Susa foi a antiga capital do país de Elam. (Daniel 8:2). Arfaxad era irmão de Elam.

      De Elam vieram também os antigos persas com misturas raciais das tribos de Madai , filho de Jafet.Segundo uma tradição, Madai teve como esposa uma filha de Sem.Por isso dizemos que os persas eram meio semitas e meio caucasóides.

       Elam (a nação) também é mencionada em Gênesis 14, que descreve uma antiga guerra no tempo de Abraão, envolvendo um rei chamado Codorlaomor, em registros acádios chamava-se " Cudur-la-ga-mur" nessa língua.

As profecias de Isaías (11:11, 21:2, 22:6) e Jeremias (25:25) também mencionam Elam e a última parte de Jeremias 49 é uma profecia apocalíptica contra Elam, auto-datadas para o primeiro ano de Zedequias (597 a.C) e em Ezequiel 32:24, Elam é citada como uma cidade parceira do Egito.


Assur, o fundador da antiga Assíria 



       Os Assírios consideravam o pai-deus Assur, e fundaram uma cidade com esse nome no Rio Tigre.

    Assur ( em antigo sumério: 𒀭𒊹𒆠; em acádio: Rassam ; latinizado.: Aš-šurKI , lit. 'Cidade do deus Assur'; em siríaco: ܐܫܘܪ; em persa antigo: 𐎠𐎰𐎢𐎼; em persa: آشور; em hebraico: אַשּׁוּר; romaniz.: Aššûr) foi um antigo patriarca filho de Sem, teria fundado também uma cidade da Assíria, sua primeira capital, com o mesmo nome.Provavelmente foi contemporâneo de Nimrod, Cush, Madai , Tubal, e etc.... todos seus primos.

     Sem, primeiro filho de Noé deu origem a todos os povos de origem semita, a saber: hebreus e árabes, amoritas,  elamitas e persas, arameus e luditas, etc...Os assírios  descendem do patriarca Assur, este era filho de Sem, por sua vez neto de Noé.

Possuíam em sua maioria cabelos escuros crespos e grandes barbas escuras, sua pele não era negra mas morena oliva como a maioria dos semitas da região.

      A sua maior contribuição foi a civilização Assíria, formada após a queda do império dos Acádios, também semitas. Antes disso, esse povo vivia em suas tribos e aos poucos aprenderam a organizar-se social e politicamente.Foi depois que os semitas adquiriram a supremacia na Acádia que as colônias assírias foram fundadas. Assur, provavelmente, foi um patriarca-rei que foi deificado depois (como o deus Assur) e se tornou o deus da cidade de Assur, de onde deriva o nome Assíria.Assur construiu segundo a Bíblia, as cidades de Nínive, Reobot-Ir, Cale e Resen, todas muito próximas a Babel, Babilônia, o que denota uma convivência próxima com seu primo Nimrod. 

     Quanto aos Assírios, sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas.Eram guerreiros habilidosos mas implacáveis. No auge do poder, controlaram o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.

       Evidências arqueológicas apontam que os assírios surgiram no fim do terceiro milênio III a.C.. Além da habilidade bélica, ficaram também conhecidos pela arquitetura integrada por edifícios imponentes destacados nas cidades de Assur, Nínive e Nimrud.

     Travavam relações comerciais com os hititas, que atualmente vivem na Turquia, já no século XIX a.C.. A atividade comercial é intensificada entre os séculos XIX e XVIII a.C., quando adotam o sistema babilônico nas transações. Nessa fase, atuam com os amoritas.

       A conquista da Babilônia viria em 729 a.C., sob o reinado de Tiglath-Pileser III, também chamado de Teglatefalasar III, que viveu entre 746 a.C. a 727 a.C.. Sob o comando desse rei, os assírios chegaram a porção média do oriente, onde foram conquistados o reino de Urartu, em Ararat.

      Foi no reinado de Sargão II, que os assírios conquistaram Israel. Sargão II viveu entre 721 a.C. e 705 a.C. e, entre as marcas de sua conquista esteve a deportação de 27 mil israelitas e a invasão da Síria, em 715 a.C..

      O sucessor de Sargão II, Senaquerib (705 a.C. até 681 a.C.) foi o responsável pela transferência da capital para Nínive. Antes  disso, a sede em Assur. Senaquerib ainda tentou conquistar Judá. Ele ordenou o cerco à cidade, fracassou e, quando retornou derrotado a Nínive, dois de seus filhos o assassinaram.

Em seu lugar passou a reinar o filho Esar-Hadom, chamado também de Assaradom e que viveu entre 681 a.C. até 669 a.C.. Assaradom expandiu o domínio assírio até o Nilo e se estabeleceu no Egito. Também reconstruiu a Babilônia que, durante certo período, foi a capital do império.

     De idioma semita, os assírios eram politeístas e acreditavam em deuses que simbolizavam o Sol e os planetas. Por conta da religião, demonstravam conhecimento na astronomia. Na base religiosa, o deus Sol era representado como um soberano déspota e com uma vida farta.

      Abaixo do deus Sol estavam os servos, representados como comerciantes.

A economia assíria era baseada no saque e nos tributos adquiridos na guerra. Os povos conquistados passavam a ser tratados como servos. Também atuavam de maneira rudimentar a agricultura e o comércio.

      A arte assíria era marcada pelo realismo, com baixos relevos e demonstrando a vocação bélica e da caça. As representações eram figuradas em baixo relevo na cerâmica, em tapetes e joias.

    Utilizavam a escrita cuneiforme inscrita em ladrilhos de argilas e, ainda, em murais.






Arfaxad, ancestral dos Acádios , Caldeus e Hebreus 


       Arfaxad foi um dos filhos de Sem, seus irmãos foram : Elam (Elamitas, Persas), Assur (Assírios), Lud ( semitas da Anatólia) e Aram (Arameus).

     Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, ele habitou na Mesopotâmia e tornou-se o progenitor dos Caldeus. Provavelmente foi também ancestral dos Acádios, uma vez que estes moravam na mesma região.

      Os Caldeus tornaram-se conhecidos por erguerem o segundo império babilônico com a ajuda dos Medos, e foi da cidade de Ur dos Caldeus, segundo a Bíblia que Abraão começou a sua peregrinação em direção a Terra prometida.

      Ur era de fundação Suméria, porém havia uma grande quantidade de semitas habitando nas redondezas, todos descendentes de Sem, lembrando que os Sumérios eram descendentes de Cam e ocuparam e organizaram a região previamente.

      Os Caldeus foram conhecidos também como grandes astrônomos do passado e observadores das estrelas, dos ciclos lunares e órbitas planetárias, bem como de conhecimentos geográficos e naturais, explorando ao máximo a ciência natural da época, de acordo com a tecnologia que possuíam.



      A tendência é reconhecer na palavra o nome do país mais próximo do antigo domínio dos caldeus. Alguns consideram a palavra como uma forma egípcia do nome territorial de Ur Kasdim, ou Ur dos Caldeus.

      Arfaxad teve como esposa uma filha de Elam , Rasuaia. Pode parecer estranho mas os casamentos de aproximação consanguínea eram comuns naquela época uma vez que a humanidade estava se multiplicando, existiam uniões entre vários clãs. Aos trinta e cinco anos Arfaxad gerou Selá, e este por sua vez gerou Héber, que daria origem aos Hapirus habitantes do sul da Mesopotâmia, conhecidos por nós como Hebreus, o nome Héber portanto origina o termo " Hebreu" , da qual Abraão fez parte.

        Segundo o capítulo 10 de Gênesis, devido à sua longevidade, Arfaxad teria vivido pelo menos até a oitava geração de sua descendência, alcançando o patriarca Abraão. 

       Um forte indício é o fato da bíblia mostrar a possível cidade natal de Abraão, a cidade de Ur que é várias vezes mencionada na bíblia com Ur dos Caldeus. (Gênesis 11: 27-28).


Lud: A maioria das autoridades antigas atribuem este nome à Lídia, do leste da Anatólia (Luddu em inscrições Assírias de ca. 700 a.C.).Seriam portanto semitas que habitaram na Anatólia.

Aram: Há referências de uma campanha militar contra "Aram" em 2300 a.C. nas inscrições de Narã-Sim. Seus descendentes se estabeleceram na cidade de Harã. Havia um número de lugares chamado Aram, incluindo um lugar em Damasco e outro chamado Arã-Naharaim, ou Aram de dois rios, situado entre os rios Tigre e Eufrates. Há também Aram-Tzova, que é mencionado em Salmos 60.

    Uz, filho de Aram. Possivelmente, os antepassados dos Nabateus, que se estende do sul da Jordânia até o noroeste da Arábia Saudita.

     Hul , filho de Aram.; pode ter uma possível conexão com o lago conhecido como Hula .

     Geter, filho de Aram. Pai de Thamud na tradição árabe.

     Més, filho de Aram ; sugestões incluem povos de Mashu, uma região desconhecida dos cedros, mencionada na epopeia de Gilgamesh (possivelmente seria no Líbano), e E-Mash Mash, o principal templo de Nínive na Assíria.




     Quanto aos Haplogrupos Y paternos mais comuns entre os semitas são os do agrupamento J e as variações J1 e J2.




Referências: 


Wikisource. Tradução Brasileira da Bíblia/Gênesis/ VI,  IX e X.

Livro Antiguidades Judaicas, Flávio Josefo.

Canal observatório 7, disponível no YouTube.

Os Romanos - gênese épica

 Cristiano De Mari 

       Os Romanos são descendentes de tribos itálicas, as quais a mais famosa é a dos latinos, por habitarem a região de fundação da cidade de Roma, batizada de Lácio (Latium) que vem do termo latino.

        Dentre as tribos itálicas estavam: a dos Latinos, Enótrios, Úmbrios, Picenos, Faliscos, Marrucinos, Campânios, Lucanos, Volscos, Vênetos,  Sabinos e etc...

     A etnogênese ( origem étnica ) dos habitantes da Península Itálica está relacionada com a migração das populações indo-europeias para a Itália entre 3.500 e 2.500 a.C. 

      Estes povos primários , segundo pesquisas historiográficas e bíblicas podem estar relacionados dentre os descendentes de Tubal, filho de Jafet e neto de Noé, os primeiros habitantes tanto da Península Itálica como de toda borda europeia do Mediterrâneo eram estes povos artesãos e agricultores neolíticos que vieram da Anatólia e do Cáucaso.

     Existe um marcador genético de haplogrupo masculino Y que supõe-se estar relacionado às populações descendentes de Tubal que são considerados como os primeiros agricultores neolíticos vindos do Oriente Próximo ( próximos de áreas do monte Ararat, onde teria vivido a família de Tubal). Este marcador genético é o G-2a. Ele pode ser encontrado ainda hoje no Cáucaso, em países como Armênia e Geórgia, inclusive tendo uma porcentagem bem alta nessas populações. É encontrado ao longo do Mar Mediterrâneo e manifesta o movimento migratório deste clã por via marítima e pelo sul da Europa. Algumas rotas migratórias de populações G-2a foram também feitas adentrando o continente europeu pelos Bálcãs, centro e depois descendo pela Península Itálica. 

     Sim , os povos mais antigos da Península Itálica são de origem neolítica e podem estar relacionados à Tubal, filho de Jafet e neto de Noé, este era conhecido segundo a tradição como artífice em trabalhos metalúrgicos , pedras e outros materiais. Conforme a tradição também, Tubal seria o ancestral não somente de uma parte dos Itálicos, mas também dos Ilíricos, Ibéricos, Pelasgos e Cretenses.

     O Lácio , ou seja, a pátria latina no centro da Itália é um dos pontos mais fortes do haplogrupo G-2a na Europa hoje. O alto nível de G-2a no Lácio pode ser devido à dupla presença dos subclados indo-europeus L13, L1264 e Z1816 e de linhagens neolíticas anteriores que desceram dos Apeninos para viver em Roma após serem absorvidas pela civilização romana.

        Logo após, dentre todos os povos que formaram a etnia substancial da Europa, os latinos vieram em grandes ondas migratórias que começaram na Era do Bronze inicial e médio por volta de 2.200 e 2.000 a.C. A separação étnica em povos individuais de um "povo inteiro" originalmente itálico ocorreu na época pré-romana, entre 1.500 e 900 a.C.

     Isso abre espaço na história para outro marcador genético importante que pode ser acrescentado às etnias itálicas é uma variação do R1-b, o haplogrupo R1b-U152. Ele pode ter se originado na parte central da Europa, quando existia certa proximidade entre os proto-celtas, proto-itálicos e proto-germânicos. 

       


      

      O R1b é típico em populações germânico-celtas, mas como no início as primeiras populações  viviam muito próximas e em clãs tribais menores, porém não tão distantes uns dos outros havendo a possibilidade de casamentos essa recorrência de R1b passa também para povos itálicos.

     Mesmo todos eles sendo de origem indo-europeia, era visível na época romana certa diferença fisionômica entre romanos e germânico-celtas, onde os primeiros possuíam cabelos geralmente castanhos a escuros em contraste com os cabelos geralmente loiros ou ruivos dos germânicos. O mesmo acontece nos dias atuais comparando-se os italianos aos alemães. O germânico e o nórdico diferem dos latinos por serem mais alvos.

      Essa diferença no fenótipo se deve aos descendentes de Tubal, os primeiros habitantes da Península, mais morenos ( em relação a cor de cabelo ) , que foram os agricultores e artesãos vindos da Anatólia, e que tinham essa característica como toda a população original que habitou ao longo do Mar Mediterrâneo.

      Inicialmente e recuando mais ainda no tempo,  todos faziam parte de uma pré população chamada de Proto-Indo-Europeus. Com as migrações e distanciamentos , os haplogrupos foram modificando e se diversificando.

     Lembro aqui também, que a genética dos italianos modernos tem mais variações do que no tempo dos romanos , visto que mediante migrações humanas, conquistas, povos que entraram e saíram da Península no tempo do medievo, todos ajudaram a acentuar ainda mais a variação genética dos italianos atuais.

       Acredita-se que os falantes do itálico, um ramo indo-europeu, tenham cruzado os Alpes e invadido a península italiana há cerca de 3.200 anos, estabelecendo a cultura Villanova e trazendo consigo principalmente linhagens R1b-U152 e substituindo ou deslocando grande parte das populações primevas . Os habitantes neolíticos da Itália procuraram refúgio nas montanhas dos Apeninos e na Sardenha. Hoje em dia, a maior concentração de haplogrupos G-2a e J1 ( haplogrupo  encontrado nas regiões próximas ao Mediterrâneo, fruto de antigas migrações populacionais de semitas) fora do Oriente Médio encontra-se nos Apeninos, Calábria, Sicília e Sardenha.         

      Provavelmente, existiu uma conexão genética itálica com a céltica criada na parte central da Europa que depois desceu para a Península italiana. Estes itálicos R1b-U152 eram diferentes das primeiras populações que teriam entrado pelo sul da Península navegando pelo Mediterrâneo e que eram puramente G-2a. Ou seja, existiram misturas raciais que foram transmitidas aos futuros itálicos, e essas misturas raciais vieram principalmente dos clãs de Tubal, os primeiros que chegaram na Península Itálica e depois de Rifat , filho de Gomer , ancestral do ramo céltico-itálico na parte central da Europa. Lembrando que se recuarmos ainda no tempo, todos ficam cada vez mais aparentados e os laços tribais se estreitarão.

       A região do Lácio já era habitada por volta do ano 1000 a C., mas  partir do século VIII a. C., misturaram-se populações nativas das colinas de Roma (Palatino e Capitólio) aos Latinos (do Lácio) e aos Sabinos (do norte da cidade de Roma). A fundação mítica de Roma se dá em 753 a.C com Rômulo , depois de discutir e matar o irmão Remo. Ambos eram , conforme a lenda,  filhos do deus da guerra Marte e de Reia Sílvia, mortal filha de Numitor, Rei de Alba Longa, cidade fundada por latinos que era vizinha.



       O elemento etrusco surgirá a partir do século VI, embora com reflexos mais importantes a nível cultural e artístico e não tanto étnico. O contato com populações gregas da Magna Grécia (Itália Meridional) é também expressivo na gênese do povo romano, numa dimensão idêntica à dos Etruscos. 

      Com a expansão na fase final da Monarquia (séc. VI a. C.) e principalmente na República (509-27 a. C.) e depois no Império, o elemento étnico romano passará das fronteiras naturais do Lácio e colonizará grande parte da Península Itálica, mesclando-se com outras populações e impondo a sua língua , o latim , usos e costumes próprios da Urbe (cidade).

      Fora da Itália, a difusão do povo romano será mais consistente e integradora no Mediterrâneo e Europa Ocidental ( Gália, Hispânia e Lusitânia, respectivamente os atuais países da França, Espanha e Portugal), diluindo-se para Norte e restringindo-se a pequenos núcleos ou guarnições na maior parte da região oriental do Império ( nas atuais Romênia e Moldávia ) , ainda que existissem restos de colonização romana importantes (em localidades das atuais Líbia, Argélia, Tunísia, Síria ou litoral da Croácia e na Romênia).    

      Quando não exerciam formas de povoamento com colonos romanos, não deixava de existir uma forte circulação de romanos pelo Império graças às vias e caminhos.

      A base etnológica do povo romano é indo-europeia, inicialmente uma casta de guerreiros, possuidores de cavalos, que ocupavam uma vila fortificada e a terra à sua volta. Uma casta de domésticos e de palafreneiros, ao serviço dos guerreiros, habitava as planuras à volta da povoação amuralhada. 



      Roma, com casas inicialmente construídas sobre estacas pelos Lígures, tinha à sua frente um pontifex maximus (título que se manteve), encarregado da manutenção das estacarias. Os Etruscos construíram depois uma vila com casas em pedra, numa cidadela no Capitólio. Os Sabinos chegaram a povoar também a região em torno da cidadela etrusca, tendo provavelmente havido miscigenação entre os grupos, incluindo os Latinos que por ali viviam também. No início da Monarquia, Roma tinha 100 famílias nobres, latinas e etruscas, donas de cavalos e terras. Cada um dos seus antigos epónimos (que dava o nome à família) foi então divinizado e passou a ser culto familiar (pater, pai). Os descendentes destes 100 patres eram os patrícios, a alta nobreza romana. Os patrícios que tinham um epónimo comum formavam uma gens com um mesmo nome (nomen gentilicium). Cada braço da gens formava uma família com a sua casa em Roma. O conjunto da gens possuía um domínio no campo onde eram criados os cavalos ou primitivamente viviam os plebeus.Inicialmente, apenas os patrícios tinham direitos cívicos (formavam o Senado e o corpo de magistrados).

        Relativamente aos plebeus , estes eram originalmente os habitantes de aldeias rurais e pastoris, encarregados da exploração de um domínio gentílico. Os primeiros eram servidores palafreneiros vindos com os Italiotas no século XII a. C., depois, surgiram os Lígures dominados pelos Italiotas, plebeus que viviam já intramuros na fundação de Roma como domésticos ou clientes mas sem direitos cívicos. Em 578 a. C. Sérvio Túlio deu a cidadania aos plebeus mais ricos, com direitos iguais aos patrícios, mas sem acesso à magistratura. No século III a. C. surgem os "cavaleiros" (equites), plebeus ricos ou "burguesia mercantil" (politicamente, eram conhecidos como "homens novos",sem ancestrais). 




        Na base da pirâmide social romana, vinham os escravos, provenientes de tribos vencidas, sendo objetos do seu proprietário e podendo ser vendidos em mercados. Os mais fortes tornavam-se gladiadores. Os filhos dos escravos nasciam escravos também. No século III d. C., os escravos eram tão numerosos que a plebe estava dispensada de trabalhar, sendo-lhe fornecida gêneros alimentícios de uso essencial e bilhetes para o circo. Existiam também os libertos, escravos que alcançavam ou adquiriam a liberdade, ficando até à sua morte sob o patronato do seu antigo "mestre". Essencialmente, pode falar-se na existência de três grandes grupos sociais no povo romano, abaixo do imperador: a ordem senatorial, ou clarissimi (patrícios antigos e descendentes de antigos magistrados); a ordem equestre ou perfectissimi (ricos latifundiários e homens de negócios); e as "gentes", os humiliores (artesãos que não podiam abandonar a sua arte).

       O poder executivo estava nas mãos dos magistrados, eleitos anualmente pelo povo, enquanto que o legislativo e o controle pertencia ao Senado (Senatus Populus Que Romanus, o "Senado e o Povo de Roma", SPQR, na República).


Referências:


https://curiosidadesmisteriosantigos.blogspot.com/2015/06/latinos-saga-de-um-povo.html?m=1

https://curiosidadesmisteriosantigos.blogspot.com/2022/09/os-italicos.html?m=1

https://www.infopedia.pt/artigos/$romanos

https://curiosidadesmisteriosantigos.blogspot.com/2022/08/tubal_4.html?m=1

https://www.eupedia.com/genetics/italian_dna.shtml

domingo, 3 de março de 2024

Sídon e Het - origem dos Fenícios e Hititas

 Cristiano De Mari


       Sídon ou Zidon, em hebraico: ןדיצ (pronunciado seria Tsîydôn) , significando "caçar", foi um antigo patriarca, filho mais velho de Canaã, neto de Cam e bisneto de Noé. Seus descendentes foram conhecidos como "sidônios", eles chamavam a si próprios de "kena'ani" ou "cananitas" e colonizaram a costa do Mediterrâneo do atual Líbano, então conhecida como terra de Canaã e  supõe-se também que eles falavam uma língua semita após a invasão de semitas na região.

      Os filhos de Noé foram Sem, Cam e Jafet e os filhos de Cam foram Cush, Mizraim, Put e Canaã. Canaã teve dois filhos, Sídon e Het que originou os Hititas. 


      Cannã foi o pai ancestral também dos jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus, assim foram feitas as famílias dos cananeus.Estes foram derrotados pelos Israelitas nas guerras de conquista da Terra Prometida. Não desapareceram totalmente, porém muitos foram aniquilados.

     Alguns estudos genéticos modernos deduziram que os Libaneses modernos tem ancestralidade genética que remonta aos antigos cananeus, devido a localização moderna desse país nas regiões da antiga Fenícia. Muitos lembram desse assunto de história estudado na escola do ensino fundamental.

      Os cananitas foram conhecidos por seus panos vermelhos e roxos (uma tinta vermelha puxando para o roxo era extraída dos caracóis murex encontrados próximos de margens da Palestina, esse método agora esquecido era muito utilizado pelos Fenícios). Os gregos chamavam a terra de Canaã de "Fenícia", que significava "roxo". 

      Os Fenícios se tornaram uma nação de grande comércio, língua e cultura, considerando este fato, o nome israelita para "Canaã" surgiu para significar "comerciantes", em vez disso alguns sugerem que o nome Canaã veio do nome hebraico Hurrian, que significa "pertencente da terra de vermelho roxo". 




       O sistema de escrita dos fenícios é a fonte dos sistemas de escrita de quase toda a Europa atual, incluindo grego, russo, hebraico, árabe, e o alfabeto romano. 

     O império fenício caiu sob domínio Helenístico depois de ser conquistador por Alexandre, o Grande, por volta de 332 a.C. Em 64 a.C. o nome de Fenícia desapareceu completamente, tornando-se parte da província romana da Síria. No início da Era Cristã, fenícios remanescentes foram os primeiros a aceitar a fé cristã depois dos judeus. O nome de Sídon é até hoje perpetuado na cidade moderna de Sidon (Saidoon é o nome fenício, Saida em árabe) no sul do Líbano.


       Sídon foi também capital da Fenícia da época antiga.Os sidônios eram encontrados no Líbano, Chipre, Sicília, Sardenha, Espanha e África do Norte. Estas são as históricas colônias fenícias que se expandiram pelo Mediterrâneo , na qual uma das mais importantes foi Cartago na África do Norte.Quando Tiro, mais tarde cresceu surpreendentemente, o reino ainda era chamado "Sidônio", embora, possivelmente, Mediterrâneo e Tirreno tenham cedido seus nomes de influência à Tiro. 




        Het , os primórdios da civilização Hitita 


         Het , filho de Cannã e neto de Cam, originou a tribo mencionada na Bíblia como Heteus, que habitava nas cercanias do norte da Palestina. Com o passar dos séculos até sua formação como nação e império misturaram-se com tribos indo-europeias da Anatólia, isto é , com desdendentes de Jafet. Isso explica sua civilização, que embora houvesse elementos agregados de outras civilizações, não era puramente cópia babilônica , nem assíria e muito menos egípcia. Desse ponto em diante se chamaram de Hititas."


      Atualmente sabemos que os Hititas eram originalmente cananitas em parte mesclados com descendentes de indo-europeus que vieram de áreas adjacentes ao Cáucaso e escreviam na forma cuneiforme palavras que se assemelham ao ramo indo-germânico. Chegaram na Anatólia , atual Turquia a partir do final do 3º milênio a.C.  e entre suas principais cidades estavam a capital: Hattusas e outra considerada uma das cidades mais antigas do mundo Çatal Huyuk, sendo superada em antiguidade apenas por Jericó na Palestina.

       Este povo histórico foi contemporâneo de cretenses e aqueus, tempos de uma Grécia ainda não formada, foi um povo que quase viu um filho de um rei sentar-se no trono do Egito e foram também contemporâneos de Abraão, onde Efrom o heteu ( outro nome antigo dado aos hititas)  vende a ele um pedaço de terra:


“…Seus filhos, Isaque e Ismael, o sepultaram na gruta de Macpela, próximo a Mambré, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, campo que Abraão comprara dos hititas. Foi ali que Abraão e Sara, sua esposa foram sepultados. Depois da morte de Abraão, Deus continuou a abençoar sobremaneira seu filho Isaque, e Isaque habitou junto ao povo de Beer-Laai-Roi.”



      Os Hititas eram designados pelo termo “ Hatti” e habitavam no centro da Anatólia muito próxima à região da Capadócia onde encontram-se as ruínas da antiga cidade de Boǧazköy. Falavam uma língua própria indo-europeia similar aos Hurritas e à própria língua indiana que transcreviam em hieróglifos e em empréstimos da escrita cuneiforme assíria. 

      Os registros da época descrevem os Hititas como homens fortes, de estatura baixa , com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço, seus cavalos eram venerados como animais nobres.Os encarregados de cuidar dos cavalos eram considerados indivíduos de grande importância na sociedade hitita.

 Sofreram influência da cultura da Mesopotâmia, como a escrita cuneiforme e deuses dos panteões dos povos vizinhos, e adaptaram essas influências a sua língua e civilização.

       Sua religião chegou a ser conhecida como “a religião dos mil deuses”. Eram numerosos deuses próprios e os  estudiosos encontraram influência suméria, babilônica, assíria, hurrita, luvita e outras estrangeiras no panteão hitita. Existem alguns poemas épicos que contêm mitos, originalmente hurritas, com motivos babilônicos, entre os quais Teshub, o deus do trovão e da chuva, cujo emblema era um machado e Arinna, a deusa do sol. Outros deuses importantes foram Aserdus (deusa da fertilidade), seu marido Elkunirsa (criador do universo) e Saushka (equivalente hitita a deusa mesopotâmica Ishtar).

       Os documentos de Tell-el-Amarna oferecem uma imagem diferente dos Hititas que corrigem os escassos dados bíblicos. Eles não eram apenas uma pequena tribo qualquer que habitava as cercanias de Jerusalém. Pelo contrário salienta que penetraram no Líbano pelo norte e as inscrições dos templos egípcios demonstraram que chegaram a Qadesh, no Orontes.  

      Numa das cartas encontra-se uma escrita em caracteres cuneiformes babilônicos de um rei de Hatti que os egípcios escreviam como “ Supalulu” , é o mesmo indivíduo, ou seja , o rei “Suppiluliuma”. Nesta mesma carta o rei congratula-se com o rei herege Aquenaton por ocasião de sua posse ao trono dirigindo-se a ele como um príncipe de mesmo grau de importância. Este é um rei hitita situável no tempo; Suppiluliuma, que viveu no ano de 1370 a. C. Em outras cartas é mencionada uma penetração hitita na Síria, e nos relatórios dos reis egípcios do Novo Império fala-se de encontros com os hititas.

     A Bíblia menciona-os habitando em terras do atual Israel enquanto as inscrições de Amarna e dos templos egípcios levaram os estudiosos a procura-los mais ao norte.

     Os monumentos hititas estendem-se mais ou menos de Hamat a Carquemish, mas os hititas siríacos são apenas um ramo de um grande grupo de populações, que deixaram monumentos semelhantes espalhados por toda a Ásia Menor até o mar Egeu. Os hititas habitaram nas cercanias do centro do atual estado de Israel. Em outros relatos , os hititas são mencionados como servos do rei Salomão. Pode ser que estes hititas siríacos  viviam em uma de suas colônias ou área de abrangência localizadas tanto em  Israel como na Síria. Mas o centro do império, era a Anatólia na atual Turquia.

     Nos textos multilíngues encontrados em sítios hititas, as passagens escritas na língua hitita são precedidas pelo advérbio nesili (ou nasili, nisili), "na fala ou dialeto de Nesa (Kanes)", uma importante cidade antes da ascensão do Império.

      A língua hitita (neshili) nesita, foi utilizada pelos hititas desde aproximadamente 1600 a.C. (ou provavelmente antes) até 1100 a.C. Há alguma comprovação de que o hitita e idiomas relacionados continuaram sendo falados na Anatólia durante algumas centenas de anos após o colapso do império hitita e dos últimos textos hititas.

      O hitita é a mais antiga língua indo-europeia conhecida e atestada. Recentemente, porém, a maior parte dos eruditos veio a aceitar o hitita como uma língua filha tradicional do proto-indo-europeu. A escrita cuneiforme dos hititas era um silabário com cinco vogais básicas (a, e, i, u, ú) e 112 sílabas (consoante + vogal). Havia também representação em logogramas para o idioma hitita e também para a língua acádia. O sentido da escrita era variável.

     No final do último século, arqueólogos conduziram escavações em Bogazkale, na época parte do Império Otomano (atual Turquia). Lá encontraram cerca de 10 mil tábuas de arquivos reais hititas que continham escrita cuneiforme de forma acadiana mas adaptada à língua hitita.

     O linguista tcheco Bedrich Hrozni anunciou que tinha conseguido decifrar a língua hitita, permitindo logo após o estudo de milhares de tábuas e informações sobre este povo.


A primeira frase traduzida por este linguista foi: " Nu Ninda-An Ezzateni, Vatar-Ma Ekuteni, que significa " você comerá pão, você beberá água."


     O hitita era escrito em uma forma adaptada da escrita cuneiforme mesopotâmica. Devido à natureza predominantemente silábica da escrita, é difícil apurar as propriedades fonéticas exatas de uma porção do conjunto de sons hititas. Contudo, as limitações da escrita silábica foram parcialmente superadas por meio da etimologia linguística comparada e de um exame das convenções ortográficas hititas.



Lista dos principais reis hititas:


Reis primevos:


Pittkhana        Século XVIII a.C.

Anitta              Século XVIII a.C.

Tudhalia          Século XVIII a.C.

Pusarrumas   Século XVIII a.C.


Reino Antigo


Labarna I       1680 - 1650 a.C.

Hattusil I       1650 - 1620 a.C.

Mursil I          1620 - 1590 a.C.

Hantil I          1590 - 1560 a.C.

Zidanta I        1560 - 1550 a.C.

Ammuna        1550 - 1530 a.C.

Huzzia I         1530 - 1525 a.C.

Telebino        1525 - 1500 a.C.


Período ou Reino Médio


Alluanna       século XV a.C.

Tahurwaili    século XV a.C.

Hantil II         século XV a.C.

Zidanta II       século XV a.C.

Huzzia II        século XV a.C.

Muwatallis I  século XV a.C., até 1430 a.C.


Reino Novo


Tudhalia I      1430 - 1400 a.C.

Arnuanda I    1400 - 1385 a.C.

Tudhalia II    1385 - 1360? a.C.

Hattusil II      século XIV a.C.

Tudhalia III   século XIV a.C.

Supiluliuma I Indeterminado, até 1322 a.C.

Arnuanda II   1322 - 1321 a.C.

Mursil II        1321 - 1295 a.C.

Muwatallis II            1295 - 1272 a.C.

Urhi-Teshub 1272 - 1265 a.C.

Hattusilis III  1265 - 1237 a.C.

Tudhalia IV (primeiro reinado) 1237 - 1228 a.C.

Kurunta                                         1228 a.C.

Tudhalia IV (segundo reinado) 1228 - 1209 a.C.

Arnuanda III        1209 - 1208 a.C.

Supiluliuma II          1207 - 1178 a.C.


 

Fontes:


https://www.apologeta.com.br/sidom/

Livro Antiguidades Judaicas de Flávio Josefo.

https://curiosidadesmisteriosantigos.blogspot.com/2016/07/os-hititas-raizes-indo-europeias-ou.html?m=1

Os Hititas, povo dos 1000 deuses,  Johannes Lehmann, editora Hemus, 2004.