Cristiano De Mari
1-Introdução
Os antigos egípcios em seus textos religiosos mais belos e profundos , falam de um “tempo dos deuses” antes do reinado dos homens, Zep Tepi ou seja, uma época que para eles realmente existiu como fato histórico. Em egípcio, Zep significa primeiro e Tepi meio tempo. Juntos, Zep Tepi refere-se ao primeiro tempo ou ainda " um novo começo".
Dentro do esquema do dualismo reinante, acreditavam que este tempo havia sido projetado e registrado no “catálogo do firmamento”. Na realidade era uma função que representava interminavelmente os ciclos cósmicos do tempo , a cíclica órbita das esferas celestes e das constelações zodiacais.
Cada
personagem ou deus pagão se identificava
com um corpo astral da escala cósmica. Por exemplo: O deus Rá era tido como o Sol,
Osíris era sempre Órion ( visível a noite nesta época , seu cinturão chamamos
aqui no Hemisfério Sul de Três Marias), Ísis sua esposa era a estrela Sírius , o
deus da sabedoria Thot era a Lua, e assim por diante.
Estas
relações não se davam apenas no âmbito celestial mas também na própria terra
deles onde as três pirâmides formavam um conjunto que se assemelhava as três
estrelas do cinturão de Órion ( Alnilan, Alnitak, Mintaka) e o Rio Nilo era considerado como a Via-Láctea.
O
Egito era chamado em antigo egípcio de “ Kemet ” terra negra ou ainda “ Misr
“– de “ Misrain “ nome antigo de
um patriarca neto de Nóe, filho de Cam, que entrou nesta região. Sobre Misrain ver
bíblia capítulo do Gênesis.
O
nome Egito que pra nós vem do grego Aegiptos deriva de outro termo chamado de
Het-Ka-Ptah, designação de um grande templo que existia em Mênfis, onde foi
cultivado o Hermetismo no tempo dos gregos. Assim, simplificando, Egito
significa Templo de Ptah ou " A mansão da alma de Ptah ", esse deus era considerado
um deus da criação , “ o pai dos pais, poder dos poderes, o divino oleiro”.
Retornando ao assunto , Zep Tepi teria sido uma idade de ouro durante a qual as águas do abismo recuaram, a escuridão primordial foi banida, e a humanidade foi banhada em luz, consagrando a dádiva de uma nova civilização.Estes eventos assemelham-se muito aos acontecimentos bíblicos sobre o dilúvio e a purificação da humanidade.
2-
Astronomicamente falando
Quanto
às questões sobre mecânica celeste este acontecimento tem ligação com um
fenômeno astronômico chamado Precessão dos Equinócios. A PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS é um movimento
muito lento e quase imperceptível, mas que é conhecido pelo homem há vários milênios.
Ele ocorre graças ao fato de a Terra realizar o seu movimento de rotação de
forma inclinada, o que provoca que, a cada 25 770 anos, ela complete uma volta
em torno do eixo de sua eclíptica. Um movimento lento tipo um peão
cambaleante.
O
Zep Tepi era então o início e o final de cada ciclo de tempo de 13.000 anos -
de meio ponto do nosso sistema solar dos 26 mil anos (arredondando) de órbita
zodiacal em torno do centro galáctico chamado Precessão. Devido às condições de
nossa órbita galáctica, estes intervalos de 13.000 anos, ou ciclos cósmicos, parecem
estar separados por uma revolução cataclísmica, como a história ensina.
A
precessão dos Equinócios é um fato , é algo criado pela providência Divina,
pelo Deus criador do universo, e foi utilizada amplamente na antiguidade , uma
vez que os povos antigos precisavam dela constantemente, através da ASTRONOMIA, uma
ciência deslumbrante.
Logo
após o Dilúvio fato acontecido a mais ou menos 12000 a 13000 anos, no início do
presente ciclo de tempo, os egípcios descendentes de Misrain, filho de Cam deram
o nome a esse evento novo de ZEP TEPI.
Um
grupo misterioso de "deuses apareceu”. Esses tais “deuses” descarto a questão
óvni, salienta-se aqui que em âmbito espiritual eram Anjos Caídos ou ainda guardiões citados no livro de Enoch, os mesmos que se rebelaram contra o Criador no início da aurora universal e que
instruíram e inspiraram certos povos da humanidade em várias coisas , inclusive para o nefasto
paganismo e politeísmo desvirtuando a crença no Deus Único.
Acreditavam
que esses “deuses” conduziram os sobreviventes da catástrofe para as terras que
margeavam o Vale do Nilo procurando refazer suas vidas, uma nova forma de vida,
nos rudimentos de uma nova civilização.
Importante: Outros povos antigos da Terra também relatam sua gênese a partir da causa divina , sendo que todas as cosmogonias das origens do Universo, Terra e Humanidade assemelham-se na essência ao Gênesis bíblico , mesmo que ao invés de falarem do Deus Único falam de “ deuses” ou seja, houve aqui uma degeneração do relato primordial monoteísta. O Gênesis é um dos livros das origens mais antigo do mundo senão o mais antigo.
3- Esfinge
Esfinge mirando a constelação de Leão. |
A
esfinge que para alguns teria uma idade de 13000 anos , é uma guardiã do tempo,
acompanha os acontecimentos da humanidade pós-diluviana, seu corpo é imensamente
fora do comum para o tamanho de sua cabeça, as proporções estão erradas.
Na
sua face foi esculpido o rosto do faraó Quéfrem da IV dinastia 2.300 a.C. mas
seu corpo de leão é muito mais antigo e teria sido projetado a 13000 anos e também com
rosto de Leão quando a mesma contemplava nos céus noturnos do Egito a
constelação de Leão em 10.500 a.C, pelo movimento da precessão da época. Assim
suspeita-se de que uma civilização anterior que deu origem aos egípcios a teria
construído, e que Quefrém esculpiu seu rosto nela muitos milênios após.
Ela
é uma imensa escultura construída numa só peça que resiste a passagem dos milênios.
Sua forma simbólica foi cuidadosamente escolhida para tornar-se uma espécie de “Relógio
Astronômico”.
Foi
colocada de maneira precisa sobre um ponto diamagnético do planeta indicando forças
planetárias no ponto onde posteriormente se construiu a Grande Pirâmide. Seu
olhar é dirigido ao ponto preciso do horizonte onde surge o sol no dia do
equinócio indicando a importância da Porta de Maat, a entrada ao reino de
Sokkar, o momento onde o dia e a noite tem a mesma duração. Os egípcios
consideravam os dias dos equinócios como a porta do Maat, deusa do equilíbrio e
da justiça. Nesses dias realizavam cerimônias especiais com iniciados na escola
de mistérios na planície de Rostau, pois os Vórtices eram produzidos e acreditavam
que “portas dimensionais se abriam” e se fechavam ao entardecer dos dias de
equinócio.
A deusa Maat |
4- Deus
Aker e implicações científico-filosóficas finais
Aker |
A área entre as costas dos leões, muitas vezes mostra o círculo do sol como se estivesse subindo entre dois montes. Isto também significa a viagem do sol pelo céu durante o dia, bem como que seja efetuada com segurança na parte traseira do Aker durante a sua viagem noturna perigosa do submundo cada noite.
Sua
cabeça olha fixamente para o leste, (constelação de Leão) contemplando
o nascimento do sol, a milhares de anos atrás. Seu olhar marca intencional e
precisamente o ponto de cruzamento
dimensional antes da última virada. A forma da esfinge ao unir o signo de Leão
como do homem da constelação de Hércules, marca o momento imediatamente após o
Dilúvio, uma catástrofe que acontece periodicamente no final do grande ciclo
cósmico a cada 26000 anos (arredondando). Essa máxima foi verificada por
cientistas que realizaram simulações da abóboda estelar programando no
computador a posição da Terra há 12.960 anos observando que nessa época
aconteceu o final de uma era, quando o gelo derreteu e aconteceu o dilúvio.
O
estudo confirma o que antigos já diziam, que nessa época, no ponto exato para
onde a esfinge olha no horizonte situado ao leste verdadeiro aos 30º de
latitude, surgiam todas as noites as estrelas da constelação de leão,
constelação essa que atravessava o sistema solar naquele momento, confirmando a
mensagem do tempo, de sua forma simbólica e de sua localização exata no
espaço/tempo do nosso planeta Isso quer dizer que a chuva intensa que causou a
erosão da Esfinge aconteceu entre o ano de 10.960 a.C e o ano 5.000 a.C, quando
a planície de Gizé converteu-se no areal que a sepultou até o pescoço e a
protegeu do clima ao seu redor. O Dilúvio foi chamado universal porque
aconteceu em todo o planeta simultaneamente. Não foi um fato que ficou
restringido ao Egito. Os sábios sacerdotes tinham registros anteriores de
outros cataclismos, eles sabiam que essa destruição era cíclica e acontecia a
cada ano cósmico. Esse conhecimento lhes confirmou que os astros marcam a
duração de todos os ciclos nas diferentes escalas do universo. A volta do
sistema solar ao redor do centro da galáxia determina a duração das estruturas
físicas que sustentam a organização humana, pois a cada tempo acontece um
cataclismo dando lugar a uma nova forma de desenvolvimento, uma possibilidade
diferente de organização social.
A
cada ciclo de tempo temos acontecimentos mundiais por vezes catastróficos mas
de limpeza espiritual, e o Fim dos Tempos predito no Apocalipse de São João é
um deles, não será o fim de tudo mas um novo recomeço. Não necessitamos hoje da
astronomia e dos rituais iniciáticos dos antigos, temos a Bíblia e basta que
saibamos entender os sinais das trombetas e agirmos sempre para o bem , o bem ensinado
por nosso mestre Jesus Cristo.
Referências:
< http://construindo-historia-hoje.blogspot.com/2016/02/zeptepi-os-primeiros-tempos-ou-mito-da.html>
Livro: Guardián
del Génesis, La busqueda del legado oculto de la humanidad.
Autores: Bauval Robert, Hancock Graham, editora: Planeta/
Seix Barral